Após o pedido de fechamento da casa noturna Malibu, localizada na avenida Onofre de Paula, no Parque Residencial Waldomiro Nogueira Borges, em Votuporanga, o gerente do estabelecimento falou sobre o assunto e rebateu o vereador Emerson Pereira.A repercussão surgiu depois que Emerson fez uma indicação na Sessão Ordinária da Câmara Municipal, em que pede providências em relação ao local. Na opinião do parlamentar, as atividades realizadas na boate são contra “os princípios morais e éticos”. Por essa e outras razões, ele quer o fechamento da casa.
Logo de início Leandro Alberto da Silva Malerba, 34 anos, gerente da Malibu, esclareceu que o local não é casa de prostituição. Sobre a opinião de Emerson, ele destacou que a função do vereador é se preocupar com questões relevantes para a comunidade, portanto o parlamentar tem o dever de trabalhar em prol da sociedade. “É falta do que fazer!”.
O gerente entende que existem problemas muito mais importantes na cidade para o vereador se preocupar. Ele ressaltou que a polêmica levantada será resolvida por meio de ação judicial, o qual será representado por sua advogada, Mariflavia Peixe de Lima, já que o parlamentar afirmou na indicação que a boate é casa de prostituição. Inclusive, já foi registrado um Boletim de Ocorrência sobre a situação.
Além de afirmar que o local não é casa de prostituição, Leandro frisa que ele jamais apoiaria algo de ilícito. “A Malibu é um comércio regular e trabalha dentro do ramo descrito em alvará. Já a indicação foi infeliz, preconceituosa e injusta”, disse.
O administrador da boate revelou ainda que a polêmica causou prejuízos para ele, uma vez que após o ocorrido alguns funcionários não foram trabalhar, porque os familiares deles realmente acreditaram que a casa é de prostituição. A esposa e os filhos de Leandro também sofreram constrangimento devido a repercussão do caso.
A Malibu, acrescentou, gera mais de 30 empregos direitos e indiretos, além de movimentar a cidade quando traz para o município shows como o de Vivi Fernandes, Márcia Imperator, Cleo Cadilac, Carol Miranda, Júlia Paes, Mônica Mattos, entre outras.
O gerente acredita que a polêmica trata-se de uma perseguição pessoal, porque o local existe há mais de 20 anos e nunca ninguém se preocupou com a casa, que já teve outros nomes.
A boate ainda não foi inaugurada, o que deve acontecer na segunda quinzena de março. “Eu sou responsável e cuidadoso, então, como vendemos bebidas alcoólicas, não é permitida a entrada de menores”, garantiu.
Por fim, o gerente “agradeceu” a repercussão: “quanto à polêmica, obrigado pela publicidade. Ele disse ainda: “já que alguns vereadores estão preocupados com coisas banais, eu vou me candidatar a vereador para fazer algo de interesse da população”.
Defesa
Leandro Malerba ainda frisa que respaldado pelo Código Penal, alegar falsamente fato definido como crime, também é crime, conforme Artigo 138 - Calúnia e o Artigo 140 - Injúria.