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Cidade
Unidades de saúde de Votuporanga passam por fiscalização-surpresa do TCE
A ação aconteceu no último dia 30 e contemplou dois consultórios municipais da cidade, o Dr. Jeronimo Figueira da Costa Neto
O TCE (Tribunal de Contas do Estado) divulgou na segunda-feira (3) o relatório de uma fiscalização-surpresa realizada em 454 unidades de saúde de 238 municípios paulistas, dentre eles Votuporanga. A ação aconteceu no último dia 30 e contemplou dois consultórios municipais da cidade, o Dr. Jeronimo Figueira da Costa Neto, no bairro Bom Clima, e o Dr. Martiniano Salgado, no Pró-Povo.
De acordo com o TCE, em quase metade das cidades auditadas (46,87%), faltavam medicamentos. Foram encontrados problemas, principalmente, nos estoques de antibióticos; remédios para hipertensão arterial e para o tratamento de doenças mentais e diabetes. Em 7% dos locais visitados também havia produtos vencidos.
“A situação é preocupante porque isso, obviamente, afeta a saúde e pode até comprometer a vida das pessoas. Os responsáveis serão notificados e terão de apresentar explicações. A partir daí, cobraremos medidas para que isso seja resolvido”, afirmou o Presidente do TCESP, Conselheiro Sidney Beraldo. O relatório do órgão, no entanto, não cita nenhum problema encontrado nas unidades vistoriadas Votuporanga. A ação foi realizada em USFs (Unidades de Saúde da Família) e UBSs (Unidades Básicas de Saúde) da região metropolitana, litoral e interior. Em muitas delas, ainda foi relatada a falta de métodos contraceptivos, vacinas e exames.
“Além da legalidade, há alguns anos o TCESP verifica também a efetividade dos processos que envolvem dinheiro público. Com isso, já encontramos, por exemplo, aparelhos para exames comprados conforme a lei, mas abandonados dentro de caixas. Isso é um absurdo que jamais descobriríamos sem ir, pessoalmente, até esses lugares”, explicou Beraldo.
Irregularidades na conservação, segurança, organização e limpeza apareceram em 27% dos locais. Salas com mofo e rachaduras nas paredes, cadeiras de espera quebradas e prédios e banheiros sem acessibilidade estão entre os principais registros.
No caso das USF, 45% não possuíam sequer equipes completas. Em mais da metade delas não havia agentes comunitários, encarregados do cadastro, orientação e acompanhamento das famílias. Em outras, faltavam médicos.
O Ministério da Saúde recomenda que cada grupo de profissionais seja responsável, em média, por 3 mil pessoas e que, quanto maior o grau de vulnerabilidade da população, menor deverá ser a quantidade de amparados por equipe. Em 60% dos postos, entretanto, a cobertura populacional está acima 3,5 mil indivíduos.
Notícia publicada no site: www.acidadevotuporanga.com.br
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