Em entrevista bastante esclarecedora, Marcelo Mello, diretor do CAV, fez um balanço do semestre e falou sobre o futuro
Marcelo Mello, diretor da Votuporanguense, falou sobre o futuro do time alvinegro (Foto: A Cidade)
Daniel Castro
daniel@acidadevotuporanga.com.br
Por conta da enorme decepção na disputa do Campeonato Paulista da Série A2, é incerta a participação do Clube Atlético Votuporanguense na Copa Paulista 2019. Em entrevista bastante esclarecedora à Cidade FM, Marcelo Mello, diretor do CAV, fez um balanço do semestre e falou sobre o futuro do clube.
Mello contou que a reunião desta quarta-feira foi uma das mais longas dos últimos tempos. “Tinha muita coisa pra ser conversada”, explicou. Em relação aos jogadores que disputaram a Série A2, praticamente todos tiveram seus contratos rescindidos. O atacante Kaynan, que tem um contrato maior, e o volante Murilo ainda não foram liberados.
Outro assunto tratado no encontro foi o time Sub-20. Na visão do dirigente, “o menino que é feito no clube tem muito mais vontade, tem uma garra diferente”. “Vemos com muito bons olhos o Sub-20”, acrescentou.
Por conta de toda a decepção vivida no primeiro semestre, a participação na Copa Paulista ainda não está confirmada, uma vez que houve empate na votação – cinco empresários comandam a Alvinegra; dois optaram pela participação, dois não e um pediu uma semana para analisar.
Mello observou que existem duas visões diferentes sobre a Copa Paulista: a de que “não vale nada” e outra destacando que o torneio é a forma mais rápida do clube disputar a Série D ou a Copa do Brasil. “Eu não posso falar esse nome Copa do Brasil que eu fico sem dormir”, disse.
Vontade
Questionado sobre formação de elenco, o diretor ressaltou que para jogar no CAV é preciso ter vontade, “tem que ter tesão, tem que querer”. “Essa foi a grande decepção nossa que amamos Votuporanga e a Votuporanguense. No futebol, há vencedores e perdedores, mas é inaceitável o outro time querer ganhar mais que o nosso time, e isso nós não aceitamos”, argumentou. Assim, a ideia é buscar atletas diferentes dos que disputaram a A2.
Mentalidade errada
Mello entende que o elenco do CAV não daria certo com a mentalidade que estava, e a diretoria se sente culpada também, porém com a certeza que o clube aprendeu uma grande lição. Na visão dele, a A3 é mais difícil que a A2. “Todos os times são praticamente iguais [na A2]; é aquele detalhe de quem quer mais, e quem quis mais passou”, apontou.
Enterro
O diretor revelou que a reunião foi bastante proveitosa, no entanto o semblante de todos era de “enterro”. “Por tudo o que passamos há cinco meses, a euforia de um título inédito à uma derrota tão grande como foi no primeiro semestre”.