Pela oitava rodada da primeira fase da Copa Paulista, a Votuporanguense empatou com o Mirassol na manhã de domingo
Mirassol e Votuporanguense jogaram na manhã de domingo, no José Maria de Campos Maia (Foto: Rafael Bento/CAV)
Daniel Castro
daniel@acidadevotuporanga.com.br
O Clube Atlético Votuporanguense praticamente deu adeus à Copa Paulista 2019 após empatar com o Mirassol na manhã de domingo no Estádio Municipal José Maria de Campos Maia, o Maião, casa do adversário. O CAV reclamou bastante da arbitragem de Flávio Roberto Mineiro Ribeiro. O capitão Ricardinho disse que o juiz é despreparado e o presidente Marcelo Stringari teria ofendido o árbitro, por isso pode ser punido pela Federação Paulista de Futebol.
Um dos lances de mais reclamação foi quando em jogada pelo meio a bola bateu em Flávio Roberto, que não paralisou a partida – pela nova regra o jogo precisa ser paralisado. O centroavante Caio Mancha reclamou e foi expulso. Outro lance reclamado foi quando Victor deu um carrinho em Rodriguinho e levou somente o cartão amarelo, porém, no entendimento da Alvinegra, a jogada era para vermelho. “Acho que ele estava despreparado para a partida; erros graves, e a forma como ele trata os jogadores, eu particularmente não acho correta, mas não sou eu que tem que julgar”, falou Ricardinho depois do confronto. Os atletas da Pantera não gostaram da forma como Flávio lidava com eles, entendendo que a maneira era intimidadora. O árbitro deu cinco cartões amarelos e um vermelho para jogadores da Votuporanguense.
Ainda durante o duelo, o médico do CAV, Flávio Augusto Pastore, foi expulso por discordar das marcações da arbitragem de forma acintosa e proferir as seguintes palavras: “está gravado a merda que vocês estão fazendo”.
Tumulto
Na súmula o árbitro informou que após o termino de jogo, Marcello Arenas Stringari, presidente da Alvinegra, “invadiu de maneira agressiva e ostensiva o vestiário da equipe de arbitragem, empurrando a porta no momento que abrimos para a saída de um funcionário do Mirassol, que veio retirar a placa de substituição”. “Já dentro do vestiário, ele proferiu as seguintes ofensas, com o dedo em riste de maneira veemente: seu filho da puta, safado do caralho, meu time está desclassificado mesmo, pode relatar o que vocês quiserem, seu filho da puta, vai toma do no seu... Você tem que apanhar na cara seu vagabundo, você tem que apitar, não ficar conversando”.
Marcelo foi contido pela equipe de arbitragem e também por jogadores da Pantera e membros da comissão técnica, “causando um tumulto na porta do vestiário da equipe de arbitragem”. Flávio Roberto relatou ainda que o médio Flávio Augusto Pastore, durante “o tumulto causado pelo presidente”, também proferiu ofensas a ele: “Safado do caralho, só fez lambança, nos prejudicou”.
O jogo
O primeiro lance de perigo foi da Alvinegra. Aos três minutos a bola foi lançada para Léo Santos, a defesa do Mirassol bateu cabeça e o atacante cabeceou, mas a bola passou raspando a trave direita de João Paulo. Aos 43, João Denoni chutou de fora da área, uma pancada, porém no meio do gol para a defesa de Jordan. O primeiro tempo de poucas oportunidades terminou em 0 a 0.
Já na segunda etapa, aos 13 minutos, o CAV perdeu uma grande chance. Dentro da área, Caio Mancha rolou para Ricardinho, que bateu colocado, no entanto em cima da zaga. Depois de cobrança de escanteio, aos 23, a bola sobrou para Guilherme, que de fora da área chutou na trave direita do goleiro Jordan. Em cobrança de falta pelo lado esquerdo, aos 31, Ricardinho bateu no canto direito de João Paulo, que espalmou para escanteio. Em jogada pela esquerda, a bola foi cruzada para o zagueiro Victor, que cabeceou livre, e Jordan fez grande defesa.
Chances
Matematicamente a Pantera ainda tem chances de classificação, mas é algo bem improvável. Para isso acontecer, o Mirassol terá que perder os dois jogos que restam, e o CAV precisa vencer o Linense na última rodada e tirar uma grande diferença de saldo de gols