Leidiane Sabino
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Quem esteve ontem no programa Jornal da Cidade, da Rádio Cidade, foi o vereador Eliezer Antônio Casali, presidente da Câmara Municipal de Votuporanga. Ele contou que está oficiando o prefeito Junior Marão para tomar providências com relação à fiscalização dos trilhos da linha férrea na cidade.
“Cresceu muito o transporte sobre trilhos, isso é bom porque tira centenas de caminhões nas pistas, mas é preciso ter manutenção. Quem é que acompanha? Não vemos nenhuma entidade autuando a empresa por irregulares. Sabemos que o Denit deve fiscalizar, mas está fazendo?”, questionou.
Eliezer quer que as Prefeituras da região contratem técnicos especializados para vistoriar os trilhos. Caso encontrem irregularidades, que estes defeitos sejam comunicados ao Ministério Público e ao Governo Federal para que peçam providências à ALL, concessionária que administra a linha férrea em Votuporanga.
“Estou oficiando o prefeito Junior Marão para que ele faça esta vistoria nos trilhos para apontar os problemas ao Governo Federal, que tem legitimidade para cobrar da ALL, porque a qualquer momento pode acontecer alguma tragédia. Em nossas idas a Brasília, vamos cobrar os recursos para a transposição da linha férrea na cidade”.
A preocupação com as linhas férreas aumentou depois do acidente ocorrido em São José do Rio Preto, na tarde do último domingo, quando oito pessoas morreram depois do descarrilamento do trem da ALL (América Latina Logística).
Drogas
O vereador também comentou o aumento do uso de drogas em todo país. Ele esteve na I Conferência Municipal de Políticas Públicas sobre Álcool e outras Drogas, realizada na última terça-feira na cidade. Ele falou da discussão sobre a internação compulsória, que é aquela que ocorre mesmo contra a vontade do dependente químico. “Em um discurso um pouco inflamado, o secretário de Direitos Humanos, Emerson Pereira, cobrou mais participação do Judiciário nesta causa. Porém, a secretária de Saúde, Fabiana Parma, pontuou muito bem que a solução não é apenas a internação. Vai muito além disso, é preciso investir em prevenção, trabalho com as famílias e também oferecer o tratamento. Você não consegue tratar somente com internação compulsória”, destacou.
Eliezer apontou que não vê ações concretas dos governos estadual e federal para combater o uso de drogas. “Não há políticas públicas, nem recursos, nem programas. Quero parabenizar a nossa Polícia Militar, que atua com o mesmo efetivo há 20 anos e, mesmo assim, desenvolve um bom trabalho neste ano com a prisão de traficantes”.
Ele contou que haverá uma ação em conjunto com a Polícia Militar, Ministério Público e Judiciário para coibir o uso de drogas em diversos pontos da cidade, inclusive no Centro de Lazer do Trabalhador.