Médico especialista em câncer afirma que para evitar doença na mama as mulheres não precisam sentir dores ou notar caroços
Krolline Bianconi
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Mulheres que vivem em cidades em grande desenvolvimento e industrialização possuem mais chances de ter câncer de mama. Esta é a afirmação do médico Newton Antônio Bordin Júnior. Na noite de quarta-feira ele esteve no Centro de Convenções ministrando uma palestra sobre prevenção de câncer. O evento aconteceu pelo Conseg (Conselho Comunitário de Segurança)/Centro. O médico possui título de especialista em mastologia e cancerologia, além de ser ginecologista e professor da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (Famerp).
O médico explicou que, além do desenvolvimento urbano, uma série de fatores pode influenciar o câncer de mama nas mulheres: alimentação, obesidade, stress do dia a dia, tabagismo, álcool, etc. “Podemos dizer que em nossa região existem mais de dois milhões de pessoas. As cidades estão evoluindo e com isso, a rotina das pessoas. Tudo influencia para que a saúde seja a vítima”, falou. Para ele, os casos de câncer mama não devem ser considerados como epidemia porque as pessoas se tratam e curam (quando descobertos no início).
Prevenção
Bordin indica que o certo seria que a cada ano as mulheres se empenhassem em fazer a mamografia a procurarem o médico somente quando sentirem dores ou perceberem caroços próximos aos seios. “Quanto menor o sintoma, menor é o tempo de tratamento e sequela. O que aumenta é a qualidade de vida”, falou.
Casos
O câncer de pele é o que mais lidera no Brasil, mas que não causa a morte, conforme explicado pelo médico. Os homens também podem ser vítimas do câncer de mama: para cada 100 mulheres com a doença, um recebe o sinal positivo.
Bordin explicou que a proteção, embora pequena, para o câncer de mama é quando a gravidez ocorre antes dos 30, uma vez que após esta idade, existem vários riscos de saúde.
Sugeriu que a licença maternidade deveria ser de até um ano para as mulheres, pois quanto mais amamentam seus filhos, maior se defendem da doença, além de ser benéfico para a criança.
Desmitificou que desodorantes anti-transpirantes causem câncer de mama, assim como o uso constante de celular, tingir os cabelos, etc.
A atitude da atriz Angelina Jolie ao retirar a mama, já que em sua família existem pessoas que tiveram a doença, pode ser até válida, mas não significa que a mulher está livre da doença, segundo Bordin.