Segundo o advogado da família, corte em banco, suposta embalagem de preservativo e indícios de vômito foram encontrados por ele no carro de Kelly Cristina Cadamuro
Kelly Cadamuro foi morta após oferecer carona por WhatsApp (Foto: Reprodução/Facebook/Kelly Cadamuro)
Um mês após a morte de Kelly Cristina Cadamuro, de 22 anos, que desapareceu ao dar uma carona combinada pelo WhatsApp, a família da jovem tenta incluir novas provas no processo do crime que deve ser julgado nos próximos meses.
À polícia, Jonathan Pereira Prado confessou ter matado a jovem e premeditado o crime ao entrar no grupo de conversas do aplicativo de mensagens
Segundo o advogado da família da vítima, Jorge Argemiro de Souza Filho, as novas provas foram encontradas no carro de Kelly.
O advogado fotografou todos os indícios, que serão inseridos ao processo avaliado pelo juiz. O carro da jovem foi retirado do pátio na última segunda-feira (27) e passará por reparos, segundo Jorge.
Representando a família de Kelly, o advogado afirmou que todos os parentes ainda estão abalados com o crime, principalmente por conta da data, que marca o primeiro mês sem a jovem.
Entenda o caso
A estudante de radiologia Kelly Cadamuro sumiu no dia 1º de novembro, após sair de São José do Rio Preto (SP) com destino a Itapagipe (MG), para encontrar com o namorado Marcos Antônio da Silva, de 28 anos.
Segundo parentes contaram à polícia, Kelly participava de um grupo de carona e tinha combinado de levar um casal para a cidade mineira. Na hora da viagem, a mulher desistiu e foi apenas o homem. Kelly não conhecia esse rapaz.
O último contato que a moça fez com a família, ainda de acordo com a polícia, foi quando parou para abastecer o veículo em um posto de combustíveis na BR-153. Depois disso, a família diz que perdeu o contato com ela.
Câmeras do circuito de segurança de um pedágio em Minas Gerais mostraram a jovem passando pela praça de pedágio dirigindo. Logo depois, o carro volta, mas um homem é quem aparece ao volante.
A polícia encontrou o carro da jovem abandonado e sem as quatro rodas, o rádio e o estepe em uma estrada rural entre São José do Rio Preto e Mirassol (SP).
O corpo da jovem foi encontrado em um córrego entre Itapagipe e Frutal (MG), sem a calça e com a cabeça mergulhada na água. A declaração de óbito apontou que ela foi vítima de asfixia e estrangulamento.
As investigações da Polícia Civil apontam que a jovem morreu após ter as mãos e pescoço amarrados e ser arrastada por cerca de 30 metros.
Prisões
No dia 3 de novembro, três suspeitos foram presos em São José do Rio Preto. Jonathan Pereira Prado confessou ter entrado no grupo de carona com o objetivo de roubar e matar a jovem.
Outro suspeito disse que ajudou a matar a jovem, e o terceiro preso comprou os objetos roubados da vítima. Os três têm passagens por roubo.
Jonathan, que confessou o latrocínio, estava foragido do Centro de Progressão Penitenciária desde março. Ele responde por oito crimes, segundo a polícia.
Fonte: G1, Rio Preto e Araçatuba