Érika Chausson
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A Polícia Civil de Votuporanga segue investigando o roubo de três mototaxistas por parte de adolescentes, que ocorreu durante a noite da última sexta-feira na vicinal Hebert Vinicius Mequi, no bairro Pozzobon. O crime envolveu três menores, sendo que um deles foi detido em flagrante no dia do fato, os demais permanecem foragidos. 

Segundo informações, os infratores acionaram os mototaxistas para a vicinal. No local, as vítimas foram ameadas e agredidas violentamente e, após cometer o crime, os adolescentes fugiram do local. 

A Polícia Militar foi acionada e conseguiu deter um dos menores, sendo encaminhado até a Central de Flagrantes de Votuporanga, onde permaneceu à disposição da Vara da Infância e Juventude. Os mototaxistas foram socorridos e levados até a UPA, onde foram medicados e liberados em seguida. 

O boletim de ocorrência foi registrado e, posteriormente, encaminhado até o Segundo Distrito Policial para dar seguimento as investigações. Em nota, o jornal A Cidade foi informado que “a delegada titular, Karina Gonçalves Tirapeli, que investiga o caso (roubo) informou que o fato ainda encontra-se em investigação no sentido de identificar demais autores”. 

Pouco tempo depois do crime, algumas pessoas publicaram algumas imagens nas redes sociais acusando um suposto adolescente, de 17 anos, de ter participado do roubo. A mãe de M.P.M soube das acusações por conta de conhecidos, que viram as postagens e entraram em contato com ela. 

Ao A Cidade, a mãe do adolescente contou que logo após ver as publicações, o filho afirmou que não teria participado o crime, não sabia o motivo pelo qual estavam o acusando e foi até a delegacia para esclarecer o ocorrido. “A delegada conversou com meu filho, já tirou fotos atuais dele, das tatuagens, porque estavam postando fotos antigas, e mostrou para os mototaxistas e eles confirmaram que não era ele”, contou. 

A mulher ainda alegou que recentemente o filho foi submetido a abordagens policiais e em uma delas ela estava presente, sendo que posteriormente já foi até a delegacia novamente para falar a respeito. “Ele está trancado dentro de casa, não sai na rua, não frequenta as aulas, não passeia, tudo com medo de sair na rua e as pessoas baterem nele, fazerem alguma coisa com ele”, finalizou. 

Na nota encaminhada a reportagem do A Cidade, a delegada Karina  disse que o “adolescente que vem sofrendo falsas acusações foi submetido a reconhecimento perante as vítimas, onde foi descartada sua participação neste crime”.

“A conduta em face do adolescente pode ser tipificada como calunia, imputar falsamente alguma pessoa fato definido como crime. Ressaltando que isto não somente traz danos a pessoa ofendida como também prejuízo à investigação”, finalizou.