Segundo o órgão, investigações reúnem indícios de irregularidades envolvendo a Universidade Brasil, no campus de Fernandópolis (SP). Operação da PF prendeu mais de 20 suspeitos, entre eles o reitor da universidade.
Relógios, dinheiro e objetos de luxo foram apreendidos dentro de cofre de investigado da Operação Vagatomia — Foto: Divulgação/Polícia Federal
O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) abriu sindicância para investigar a possível participação de 25 médicos no suposto esquema de venda de vagas e fraudes no Fies, Prouni e Revalida para estudantes de medicina ingressarem na Universidade Brasil, alvo da Operação Vagotomia, deflagrada pela Polícia Federal no dia 3 de agosto.
Segundo o Cremesp, investigações foram abertas ainda em novembro de 2018 e reúnem diversos indícios de irregularidades envolvendo a Universidade Brasil, campus de Fernandópolis (SP).
Outras unidades da rede de ensino, em oito municípios paulistas, também foram alvo destas mesmas investigações. Todo o material inédito reunido pelo Conselho também foi encaminhado, na sexta-feira (13), à Secretaria de Justiça e Cidadania de São Paulo.
De acordo com a PF, 22 pessoas foram presas durante a ação. Dessas, 10 ganharam liberdade na sexta-feira (13).
Contudo, outros 13 suspeitos permanecem à disposição da Justiça. Entre eles, a médica, Andréia Santos Souza Soares, de 43 anos, que foi presa no mesmo dia em que a Justiça determinou a soltura dos outros investigados, e o reitor da universidade, o engenheiro José Fernando Pinto Costa, de 63 anos.
Mesmo em liberdade, os suspeitos continuam sob investigação e terão que cumprir uma série de medidas cautelares determinadas pela Justiça Federal.Ainda de acordo com o Cremesp, a sindicância apurará de que forma os médicos prestavam serviços nas unidades ligadas à Universidade Brasil e como os profissionais orientavam os alunos do curso de medicina.
Os nomes dos médicos não foram divulgados pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo, já que a sindicância instaurada correrá de forma sigilosa.As investigações começaram no início do ano após a PF receber informações de que estariam ocorrendo irregularidades no campus de um curso de medicina em Fernandópolis.
De acordo com a PF, o esquema contava com “assessorias educacionais”, que vendiam vagas no curso de medicina, financiamentos Fies e Prouni, além de fraudes em cursos relacionados ao Exame Revalida.
Essas assessorias tinham o apoio dos donos e toda a estrutura administrativa da universidade para negociar centenas de vagas para alunos, que aceitaram pagar pelas fraudes em troca de matrícula no curso de medicina. Áudios obtidos com exclusividade revelam como funcionava o esquema;
Como resultado da investigação, a Operação Vagatomia foi deflagrada na manhã desta terça-feira (3).
O reitor da universidade, o engenheiro José Fernando Pinto Costa, de 63 anos, e o filho dele, Stephano Bruno, são apontados pela polícia como chefes da organização.As investigações começaram no início do ano após a PF receber informações de que estariam ocorrendo irregularidades no campus de um curso de medicina em Fernandópolis.
De acordo com a PF, o esquema contava com “assessorias educacionais”, que vendiam vagas no curso de medicina, financiamentos Fies e Prouni, além de fraudes em cursos relacionados ao Exame Revalida.
Essas assessorias tinham o apoio dos donos e toda a estrutura administrativa da universidade para negociar centenas de vagas para alunos, que aceitaram pagar pelas fraudes em troca de matrícula no curso de medicina. Áudios obtidos com exclusividade revelam como funcionava o esquema;
Como resultado da investigação, a Operação Vagatomia foi deflagrada na manhã desta terça-feira (3).
O reitor da universidade, o engenheiro José Fernando Pinto Costa, de 63 anos, e o filho dele, Stephano Bruno, são apontados pela polícia como chefes da organização.