Nesta segunda-feira, mandados de busca e apreensão e também de prisão foram cumpridos durante a operação da Polícia Civil
Os policiais civis de Fernandópolis apreenderam diversos materiais que serão investigados durante a operação (Foto: Reprodução/Tv Tem)
Nesta segunda-feira, mandados de busca e apreensão e também de prisão foram cumpridos durante a ação da Polícia Civil
A Polícia Civil de Fernandópolis realizou uma operação na manhã de ontem na região e o alvo foi a Santa Casa da cidade.
A operação está relacionada a uma operação que foi feita no ano passado. Na época, a polícia investigava transações financeiras com suspeita de irregularidades. A Justiça expediu ao todo 20 mandados de busca e apreensão e outros 14 mandados de prisão.
Além de Fernandópolis, a polícia cumpriu mandados Jales, Fernandópolis e Araçatuba. Outra cidade onde a polícia cumpriu mandados foi em Andradina, cidade onde funciona a Organização Social de Saúde que comanda a Santa Casa de Fernandópolis.
Em Fernandópolis, quatro pessoas foram levadas para a Delegacia Seccional da cidade para serem ouvidas, dentre elas um ex-deputado estadual.
Já em Andradina, cinco mandados de prisão foram cumpridos e, dentre os presos, está o presidente da organização de saúde.
Na cidade de Araçatuba duas pessoas presas, sendo um advogado e um empresário.
A reportagem do jornal
A Cidade entrou em contato com a Delegacia Seccional de Votuporanga e Fernandópolis, sendo informada de que nenhum mandado foi cumprido em Votuporanga.
As autoridades ainda relataram que alguns policiais de Votuporanga se deslocaram até Fernandópolis para participarem da operação em caráter de apoio aos policiais daquele município.
Todos os envolvidos na Operação Hígia já tiveram seus bens bloqueados pela Justiça a partir de um inquérito policial.
Além dos presos na operação de ontem, outros que passaram pela Santa Casa de Fernandópolis também estão com bens bloqueados e até impedidos de sair do município sem autorização da Justiça.
As determinações judiciais partiram do juiz Vinicus Castrequini Bufulin que aceitou pedido do delegado Ailton Canato que dirigiu o inquérito sobre a “Caixa Preta” da Santa Casa.
Ex-provedores, diretores e membros dos Conselhos estão com algum tipo de restrição judicial e sem direto a desfazer de seus bens. A Justiça deve calcular o rombo na entidade e usar os recursos dessas pessoas para sanar parte da dívida que ontem chegou a mais de R$ 50 milhões.
A Justiça também decretou intervenção judicial na Santa Casa de Fernandópolis e deixou o atual provedor Marcus Chaer como interventor até que tudo seja investigado minuciosamente.
Essa foi apenas a primeira fase da Operação para desmantelar um esquema de corrupção na Santa Casa de Fernandópolis.
Ex-deputado Gilmar Gimenes é preso em ação contra fraudes na Santa Casa
O ex-deputado estadual Gilmar Gimenes também foi preso na operação. O advogado Ricardo Franco de Almeida, que representa o ex-parlamentar, disse ontem, ao deixar a delegacia, que não há justificativas plausíveis para a decretação da prisão preventiva de seu cliente.
Franco também não deu detalhes sobre qual a linha de investigação dessa operação, mas afirmou que está de fato ligada ao deslinde da primeira fase, deflagrada em julho do ano passado.
“Está tudo relacionado à apuração na Santa Casa, agora o que não se justifica é uma prisão temporária baseada em ‘indícios’. Se fosse em São Paulo ou uma cidade grande, tudo bem, para facilitar as investigações, agora aqui era só chamar ele e os demais acusados para depor”, disse o advogado.