Marco Tirapelli, responsável pelo 1º DP e pelas investigações do caso, concedeu entrevista coletiva sobre as investigações
O delegado Seccional, Dr. Marcos Negrelli, e o delegado responsável pelo caso, Marco Tirapelli concederam entrevista coletiva (Foto: A Cidade)
Franclin Duarte
franclin@acidadevotuporanga.com.br
O delegado responsável pelo 1º Distrito Policial de Votuporanga, Marco Aurélio da Silva Tirapelli, convocou na segunda-feira (12) uma coletiva de imprensa para falar sobre o andamento das investigações das denúncias de pessoas que teriam furado a fila da vacina contra a Covid-19 no município. Uma lista com mais de 100 nomes foi entregue a ele, mas o responsável pelo caso ampliou as apurações e avalia todo o processo de imunização na cidade.
Tirapelli disse, porém, que o inquérito ainda está em sua fase inicial e que ainda não conseguiu juntar provas suficientes que iniquem a prática de algum crime pelos chamados “fura-fila”.
“Ainda não tenho elementos probatórios que indiquem que houve a prática de algum crime relacionado com essa apuração, de pessoas que teriam tido algum tipo de vantagem. O inquérito ainda está no começo, tenho 30 dias para concluir essa investigação, mas diante da complexidade e do número de pessoas que temos que checar, das ações que temos que proceder, acredito que terei que pedir uma dilação do prazo”, disse ele.
Ao lado do delegado Seccional, Dr. Marcos Negrelli, Marco Tirapelli afirmou ainda que, a princípio, foram constatadas algumas irregularidades materiais na lista de imunizados e, por isso, pediu uma retificação à Secretaria da Saúde para dar andamento nas apurações.
“Se não estou no grupo prioritário e sou vacinado, eu tenho que explicar porque tomei a vacina e a pessoa que aplicou, porque ela aplicou. A lista de crimes que podem ser imputadas então é enorme, desde peculato, no caso de servidor público a corrupção, falsificação de documento para se enquadrar naquela condição que está alegando. Por isso que digo que essa investigação não se restringe às imputações feitas pelo advogado (Hery Kattwinkel), tem um caráter mais amplo. Nas redes sociais apontam que pessoas que foram vacinadas duas vezes, pessoas de pouca idade vacinadas como idosos. O que posso dizer, por enquanto, é que houve erro material na listagem que as pessoas tiveram acesso, então pedi a retificação da lista para ter as informações oficiais”, completou.
A Polícia Civil está analisando os aspectos criminais do caso, enquanto o Ministério Público, por meio de um inquérito civil, apura as questões administrativas.