Polícia
Homem que agrediu sargento e ‘quebrou’ ambulância do Samu vai para a prisão
Além disso, o homem, identificado como A. A. R., também deu um soco em um socorrista do Samu, durante o atendimento de uma ocorrência
publicado em 18/10/2023
O caso, de acordo com o processo, aconteceu em abril de 2021, na rua Tomás Paes da Cunha Filho (Foto: Divulgação)
Fernanda Cipriano
fernanda@acidadevotuporanga.com.br
A juíza da 1ª Vara Criminal de Votuporanga, dra. Gislaine de Brito Faleiros Vendramini, condenou um homem que agrediu um sargento do Corpo de Bombeiros, um socorrista do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e ainda quebrou partes de uma ambulância, na cidade.
O caso, de acordo com o processo, aconteceu em abril de 2021, na rua Tomás Paes da Cunha Filho, no bairro São João, mas a condenação só saiu agora. No dia dos fatos, a ambulância foi acionada para atender a esposa do agressor, que sofria com dores. A mulher teria recebido os primeiros socorros seria encaminhada para o Pronto Atendimento, quando seu marido apareceu alterado no local.
Ele chegou a invadir a viatura e inflamou todos os presentes para que entrassem nela. Na sequência, o sargento do Corpo de Bombeiros se identificou e tentou conversar para acalmar os ânimos, o que não funcionou e o homem passou a ofender o policial com os xingamentos do tipo “sargento de merda”, “sargentinho”, entre outros. Como se não bastasse, ele teria agredido o profissional fisicamente, com socos e chutes e desferiu duas mordidas no braço direito dele.
Nesse momento, um técnico em enfermagem do Samu tentou intervir na briga, mas acabou também agredido fisicamente com socos na região da boca, resultando em dentes quebrados e seus óculos de grau danificado.
Ainda depois de alguns minutos, quando se pensou que a situação estava controlada, o homem novamente partiu na direção dos dois profissionais, e começou a quebrar o interior da viatura com socos e chutes, danificando uma porta de acrílico, lixeira e arrancando o extintor e o arremessando ao chão.
A Polícia Militar foi acionada durante o tumulto, ao chegarem ao local o homem, identificado como A. A. R., foi levado em flagrante para a Central da Polícia Civil de Votuporanga.
Durante a audiência, o réu negou os fatos. Disse que sua mulher estava com dor e que chamaram o Samu, a ambulância chegou e sua mulher entrou nela, sentou e quando ele foi entrar falaram que não podia porque estava sem camisa. Ele alegou que colocou a camisa e perguntou para o sargento quem os traria de volta e ele afirmou que a obrigação deles era, apenas, levar.
Então, diante da resposta, que segundo o réu foi em tom agressivo, ele levantou para sair da ambulância e disse que o sargento o feriu, alegou que ele deu um soco na boca, e que colocou a mão na boca e viu o sangue, quando tudo começou.
A versão, porém, não convenceu a juíza que alegou que as justificativas apresentadas pelo réu, quer no tocante à conduta da equipe policial, quer no tocante ao seu descontrole emocional por conta do mal-estar da companheira, não foram comprovados.
Diante disso, ele foi condenado a três anos de prisão.
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