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Polícia
Justiça homologa acordo em que fundador da B&G renuncia aos bens apreendidos
No acordo, Eduardo renuncia a todos os bens apreendidos e sequestrados pela Justiça
A homologação desse acordo representa um desfecho para o caso que ganhou repercussão nacional (Foto: A Cidade)
A 2ª Vara de Santa Fé do Sul homologou um acordo entre o Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) e Eduardo Bercelli, o fundador da B&G Cred, envolvido em um esquema de pirâmide financeira que também possuía uma filial em Americana. No acordo, Eduardo renuncia a todos os bens apreendidos e sequestrados pela Justiça.
A homologação desse acordo representa um desfecho para o caso que ganhou repercussão nacional e afetou muitas vítimas. Eduardo Bercelli concordou em reconhecer a procedência da ação movida pelo MP, o que resultou na extinção do processo que estava em curso. Apesar de ter sido assinado em agosto do ano passado, o acordo só foi homologado recentemente.
Os bens apreendidos e sequestrados desempenharão um papel crucial no ressarcimento dos prejuízos suportados pelas vítimas do esquema de pirâmide. A lista inclui propriedades como sítio, fazenda, residência e terreno, além de uma aeronave, seis embarcações e cerca de 20 veículos. O promotor Pedro Enos Martins de Oliveira Guimarães, responsável pelo caso, destaca que todos esses bens já foram vendidos.
Entretanto, Guimarães observa que ainda há questões pendentes quanto ao procedimento para realizar os pagamentos às vítimas. "A própria defesa do Eduardo está ajudando a vender", afirmou o promotor. Ele também menciona que há um trabalho em andamento para apurar todos os valores obtidos e determinar o valor total dos bens apreendidos.
O esquema de pirâmide financeira veio à tona em novembro de 2021, quando quatro pessoas, incluindo Eduardo, foram presas durante uma operação da Polícia Federal. A B&G Cred prometia retornos generosos aos investidores, mas os pagamentos eram feitos com o dinheiro de outros investidores, revelando um esquema fraudulento.
Eduardo Bercelli, que está atualmente em liberdade, também responde a uma ação penal em que o MP pede uma condenação de três anos e 11 meses em regime aberto. A pena foi estabelecida em um acordo de colaboração premiada.
A reportagem não conseguiu contato coma defesa de Eduardo.
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