Polícia
Justiça aceita denúncia contra hackers que invadiram sistemas de órgãos públicos
A denúncia foi formalizada pelo promotor de Justiça de São José do Rio Preto, Fernando Rodrigo Garcia Felipe, e foi aceita no último dia 17 de janeiro
publicado em 25/01/2024
A denúncia foi formalizada pelo promotor de Justiça de São José do Rio Preto, Fernando Rodrigo Garcia Felipe (Foto: Divulgação)
Fernanda Cipriano
fernanda@acidadevotuporanga.com.br
Três hackers integrantes de uma organização criminosa especializada em acessar sistemas de órgãos públicos e comercializar informações sigilosas de cidadãos enfrentarão acusações de invasão de dispositivo informático, conforme previsto no artigo 154-A do Código Penal. A denúncia foi formalizada pelo promotor de Justiça de São José do Rio Preto, Fernando Rodrigo Garcia Felipe, e foi aceita no último dia 17 de janeiro.
As investigações revelaram que os réus, residentes nos Estados de São Paulo, Santa Catarina e Mato Grosso, contavam com a colaboração de dois adolescentes residentes em Bady Bassitt, interior paulista. O grupo operava vendendo logins que permitiam a entrada em plataformas de instituições policiais, cobrando valores que variavam de R$ 200 a R$ 1 mil por acesso. As transações eram realizadas em criptomoedas.
Além disso, as fraudes envolveram a alteração de cadastros de vacinas contra a covid-19, emissão de certidões de óbito em nome de pessoas vivas e a comercialização de dados de cartões de crédito. Um dos hackers conseguiu burlar o sistema de uma empresa responsável pela gestão de créditos de vale-alimentação, vendendo contas que permitiam compras com desconto em aplicativos de entrega de refeições.
De maneira ainda mais preocupante, a organização criminosa invadiu o aplicativo CAIXA Tem, da Caixa Econômica Federal, obtendo acesso indevido aos FGTS (Fundos de Garantia por Tempo de Serviço) de trabalhadores que não haviam recebido o benefício. Além disso, os hackers comprometeram os sistemas de reconhecimento visual das Polícias Civil e Militar de São Paulo.
Um dos acusados enfrentará, além das acusações de invasão de dispositivos, um processo adicional por posse de pornografia infantil. Os envolvidos agiam de forma coordenada, aproveitando-se da vulnerabilidade dos sistemas para perpetrar crimes que impactaram diretamente a segurança pública e a privacidade dos cidadãos.
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