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Polícia
Justiça retoma o julgamento de filha acusada de mandar matar os pais e irmão em Votuporanga
Nova audiência de instrução e o julgamento foi marcada para próxima segunda-feira (26) pela juíza da 2ª Vara Criminal da cidade
A juíza da 2ª Vara Criminal de Votuporanga, Jade Marguti Cidade, retomará o julgamento, na próxima segunda-feira (26), de Viviane More e seu marido Carlos Ramos, acusados de planejar e executar o assassinato dos pais de Viviane, Wladimyr e Tiemi Cláudia More Baggio, e do irmão, Vitor More Baggio. Luis Henrique dos Santos e Gustavo Henrique de Oliveira, acusados de serem os pistoleiros, também serão julgados pelo crime de duplo latrocínio (roubo seguido de morte).
O caso teve sua primeira audiência no dia 27 de novembro do ano passado. Na ocasião, foram ouvidas testemunhas como a mãe de Viviane que escapou da execução, Tiemi Cláudia Moré Baggio, e os policiais envolvidos no caso, como o investigador André Luiz Bonfim, e a tenente Sarah de Carvalho Barbosa, da Polícia Militar, que foi a primeira a responder a ocorrência.
A advogada Mariflavia Peixe de Lima pediu a liberdade provisória de seus clientes Carlos e Viviane ou, subsidiariamente, a concessão de prisão domiciliar, mas a juíza Jade Marguti Cidade indeferiu o pedido, alegando, inclusive, que testemunhas do caso estariam sendo ameaçadas.
“Indefiro o pedido de liberdade provisória aos réus Carlos e Viviane visto que presentes, ainda, os requisitos da prisão preventiva anteriormente decretada, notadamente os indícios de autoria e materialidade, inclusive pelas provas produzidas nesta audiência. Ademais, há relatos de que as testemunhas protegidas estejam sofrendo ameaças, razão pela qual entendo que a liberdade dos réus, neste momento, coloca em risco às testemunhas e a própria aplicação da lei penal”, disse a juíza em trecho do processo.
De acordo com a denúncia do Ministério Público, Viviane e Carlos teriam contratado Gustavo e Luis para executar o plano, tudo isso para ficar com a herança da família, estimada em cerca de R$ 2 milhões. No entanto, Tiemi, a mãe, conseguiu escapar do atentado, pois estava em viagem no dia dos fatos.
Para encobrir suas reais intenções, ainda conforme a denúncia, os acusados simularam um assalto, se reunindo em um posto de combustíveis de Votuporanga um dia antes do crime. As imagens da reunião foram registradas por câmeras de vigilância do local e foram fundamentais para comprovar o suposto envolvimento de todos no planejamento do crime.
Além das imagens da reunião, a polícia encontrou no celular de Gustavo um vídeo, onde ele mostra as vítimas amarradas e amordaçadas. Essa gravação teria sido enviada ao casal para comprovar a execução do crime. Também foram encontrados prints de conversas entre Carlos e Gustavo, reforçando a suposta participação ativa dos réus no planejamento e execução do crime.
Toda a trama foi desvendada pela DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Votuporanga e ganhou repercussão nacional pela brutalidade e pela semelhança com o caso von Richthofen, onde Suzane von Richthofen também mandou matar os pais para ficar com a herança, em 2002.
Notícia publicada no site: www.acidadevotuporanga.com.br
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