Polícia
Justiça de Votuporanga condena homem que se passou por médico e prescreveu receitas
O crime aconteceu em Valentim Gentil, em março de 2022, e foi julgado pela juíza da 1ª Vara Criminal de Votuporanga ainda nesta semana
publicado em 26/04/2024
A juíza da 1ª Vara Criminal de Votuporanga condenou um homem que se passou por médico (Foto: A Cidade)
Fernanda Cipriano
fernanda@acidadevotuporanga.com.br
A juíza da 1ª Vara Criminal de Votuporanga, dra. Gislaine de Brito Faleiros Vendramini, condenou um homem que se passou por médico e prescreveu receitas, mesmo sem possuir a formação acadêmica necessária para exercer a profissão. O caso aconteceu em março de 2022, em Valentim Gentil, e a sentença contra o homem, identificado como R.P.A., foi publicada nesta semana.
De acordo com o processo, o caso começou a ser investigado após uma denúncia feita pela enfermeira chefe do posto de saúde do bairro CDHU, na cidade vizinha. Ela relatou que uma pessoa estava se passando por médico na região, inclusive afirmando que começaria a trabalhar no posto de saúde da cidade em breve.
O acusado, então, foi flagrado na casa de uma vítima, onde estava almoçando com os moradores do local. Segundo relatos, R.P.A. se apresentou como médico para todos na casa e afirmou ter atendido algumas pessoas em suas residências, onde prescreveu até receitas médicas.
Os fatos teriam acontecido em sequência, em casas da região, segundo a investigação. R.P.A., por sua vez, negou as acusações.
Mas a negativa não convenceu a juíza, que considerou a conduta do réu como a prática habitual e repetida de atividades médicas sem a devida qualificação legal e na sentença ressaltou que a falta de formação acadêmica para exercer a medicina pode resultar em consequências graves para a saúde dos pacientes, tornando a ação do réu ainda mais grave.
“Passar-se por profissional da medicina não pode ser tratado como mero boato. Consoante fatos narrados na denúncia, o réu passou a obter vantagens indevidas ao se fazer passar por médico, valendo-se da respeitabilidade social associada à profissão médica em uma pequena cidade. Além disso, conforme depoimento prestado pela autoridade policial, o réu também se apresentou como médico contratado pela prefeitura local ao questionar uma ação policial”, disse a juíza em trecho da sentença.
Com as provas apresentadas, a juíza determinou a condenação de R.P.A. pelos crimes cometidos, oito meses e cinco dias de detenção.
Notícia publicada no site: www.acidadevotuporanga.com.br
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