Polícia Civil faz neste sábado reconstituição do caso de cantor assassinado a tiros em Votuporanga
Familiares de Gustavo Caporalini protestam e pedem justiça (Foto: A Cidade)
Fernanda Cipriano
fernanda@acidadevotuporanga.com.br
A Polícia Civil de Votuporanga dá início neste sábado (4), ao processo de reconstituição do crime que vitimou o cantor Gustavo Henrique Soares Caporalini, aos 39 anos, no dia 25 de fevereiro. O votuporanguense foi morto por disparos de arma de fogo por Rodrigo Marques, de 42 anos, apontado como o autor. Aproveitando o momento, familiares de Gustavo fizeram uma manifestação nesta manhã, perto do local do crime. Eles exigem que seja feita justiça.
A reconstituição é um tipo de exame de corpo de delito que faz parte do inquérito policial e tem como objetivo colaborar com as investigações, além de validar o que testemunhas, indiciados e vítimas afirmaram durante os depoimentos.
Gustavo Henrique Soares Caporalini deixou dois filhos, o crime ocorreu no bairro Jardim Orlando Mastrocola, em sua própria casa, e teve grande repercussão. Toda a ação começará por volta das 9h e as pessoas envolvidas estarão presentes durante a reconstituição.
De acordo com o apurado, a reconstituição desse caso é um pedido do Ministério Público de São Paulo.
O caso
No dia dos fatos, Gustavo participava de uma confraternização, com toda a sua família, inclusive seus filhos, em sua casa, quando um homem armado tocou a campainha de sua casa e o chamou pelo nome, dizendo que era policial. Quando o cantor saiu, o criminoso efetuou, ao menos, três disparos contra ele.
Foi quando a família percebeu que algo de errado acontecia, e um tio de Gustavo tentou intervir e entrou em luta corporal com o homem, que também atirou contra ele e outras pessoas que estavam na casa. Depois o suspeito conseguiu fugir naquele momento. O acusado pelo crime é agente penitenciário.
Ele saiu de Votuporanga em Fiat/Uno e foi preso pela Polícia Militar de Minas Gerais, na cidade de Campina Verde, graças as câmeras inteligentes do Sistema Detecta da Polícia Militar, que apontaram a direção que o carro do suspeito tomou. Com isso foi possível fazer o bloqueio e interceptação do acusado. Com ele foi encontrada a arma do crime.
No mesmo dia do crime, a investigação da Polícia Civil constatou que Rodrigo teria ido à casa da ex-companheira, onde a agrediu e inclusive teria ameaçado a mulher e colocado uma arma na cabeça dela. A Polícia Militar, aliás, estava na casa dela, para o registro da agressão, quando aconteceu o chamado do homicídio.
A denúncia foi recebida no Fórum de Votuporanga no dia 27 de março e a audiência de instrução, o interrogatório, os debates e o julgamento já foram marcados para o mês de maio.