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Polícia
Marceneiro é multado por ter crânios de animal em extinção
Ele mantinha uma coleção de crânios de Cervo-do-Pantanal, uma espécie ameaçada de extinção
Um marceneiro foi surpreendido nesta semana com uma multa de R$ 10 mil aplicada pela Polícia Militar Ambiental. Ele mantinha uma coleção de crânios de Cervo-do-Pantanal, uma espécie ameaçada de extinção, exposta em sua marcenaria.
Durante uma patrulha na Estância Suíça, os policiais avistaram os crânios pendurados na parede do estabelecimento. Questionado sobre a origem das peças, o proprietário relatou que a coleção era uma herança de seu pai, com itens provenientes de diversas regiões do estado.
A análise conduzida por biólogos confirmou que os crânios pertenciam ao Cervo-do-Pantanal, espécie rigorosamente protegida por legislação ambiental. No Brasil, a posse de animais ou partes de animais silvestres, sobretudo de espécies em risco de extinção, configura crime ambiental.
O marceneiro enfrentará acusações por manter em seu poder produtos provenientes da fauna silvestre e por possuir um animal ameaçado de extinção. A multa aplicada pela Polícia Ambiental é uma medida para coibir práticas ilegais e reforçar a preservação da fauna brasileira.
O Cervo-do-Pantanal (Blastocerus dichotomus) é a maior espécie de cervo da América do Sul, encontrando seu habitat no ecossistema do Pantanal. Este animal, que pode atingir até 1,2 metros de altura e pesar cerca de 150 quilos, é reconhecido por sua pelagem marrom-avermelhada e seus grandes chifres ramificados. Devido à caça indiscriminada e à destruição de seu habitat natural, o Cervo-do-Pantanal encontra-se em sério risco de extinção, sendo protegido por leis ambientais rigorosas.
A legislação brasileira é clara quanto à proteção da fauna silvestre. A posse de animais silvestres ou de partes de animais, incluindo peles, penas, ossos e crânios, é estritamente proibida.
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