Considerado um mês de festas tradicionais, junho continua sendo o maior período de produção de doces em Engenheiro Schimitt, distrito de São José do Rio Preto (SP), mesmo sem a realização de grandes eventos devido à pandemia do novo coronavírus.
A gerente de uma loja de doces da cidade, Fernanda Foresto de Mendonça, notou que a produção dobrou em relação aos outros meses do ano.
“A gente percebeu que as vendas não caíram, apesar da situação, o consumo está se mantendo. O friozinho também que está aqui na nossa região está sendo muito propício para o consumo, tá muito bom”, afirma.
Com pouco mais de 18 mil habitantes, o distrito de São José do Rio Preto é conhecido pelos doces caseiros, com três empresas instaladas na cidade. Com o novo cenário, elas precisaram se reinventar e até a forma de distribuição dos produtos precisou ser alterada, como por exemplo, pequenas porções de doces disponíveis em sacos plásticos.
O setor de doces que, anteriormente, demandava suas vendas às empresas, clubes e paróquias que realizavam festas, mudou seu público para as famílias. Para atender todos os pedidos, as fábricas precisaram manter o ritmo.
“O tempo todo mexendo, o segredo é dedicação todo dia, com amor e carinho”, conta o doceiro Ricardo Silva.
Devido às boas vendas, a empresa em que Ricardo trabalha não precisou demitir nenhum funcionário. Ao todo, saem cerca de 300 caixinhas de doces por semana, apostando principalmente em vendas fracionadas, mesmo sem as famosas festas juninas.
“O consumo de alguma maneira, ele melhorou, ele se qualificou. O cliente está levando mais variedade, hoje ele leva no sistema drive-thru, delivery e consome na casa dele”, explica Pompeu Xavier Carmeloci, empresário do ramo.
O setor está otimista para os próximos meses. “Manter os empregos, continuar com toda a nossa equipe, quadro total para conseguir manter as contas em dia e sobreviver no mercado nessa onda da Covid-19”, afirma Pompeu.
*G1