A partir do dia 1º de julho, treinamentos coletivos poderão ser retomados, mas partidas do Paulistão só terão retorno previsto após conselho técnico
Com isso, os atletas, que estavam apenas seguindo um regime de treinamento doméstico nos clubes, podem voltar ao trabalho coletivo em espaço aprovado pelos governos locais (Foto: Pixabay/Banco de imagens)
O Governo do Estado de São Paulo deu sinal verde para o retorno do futebol, mas os clubes ainda aguardam a decisão da Federação Paulista de Futebol (FPF), para o reinício dos jogos. A permissão foi dada nesta quarta-feira, 17, pelo governador João Doria (PSDB). Agora, a expectativa é pelo Conselho Técnico da Federação, que baterá o martelo sobre o retorno dos jogos.
Os treinamentos podem ser retomados em todo o estado a partir do dia 1º de julho. Com isso, os atletas, que estavam apenas seguindo um regime de treinamento doméstico nos clubes, podem voltar ao trabalho coletivo em espaço aprovado pelos governos locais. "Maioria das prefeituras já está com espaço aprovado. Tudo isso o que o governador aprovou, a maioria das prefeituras já tinha aprovado", afirmou o presidente do Grêmio Novorizontino, Genílson da Rocha Santos.
Entre as medidas a serem respeitadas, estão a testagem de temperatura dos atletas e a proibição de uso de ar-condicionado nas academias, além da distância mínima de dois metros. Quanto a retomada dos jogos, os clubes acreditam que seja necessário, no mínimo, 15 dias de intertemporada. "Acredito que nenhum dirigente queira expor seus atletas e técnicos ao risco do coronavírus", disse Doria.
Mesmo com a decisão o Mirassol, que faria a bateria de exames nos atletas nesta semana, decidiu adiar as testagens para a próxima semana. "A gente quer reiniciar os trabalhos o quanto antes, pelo menos o condicionamento. O coletivo pode esperar um pouquinho", contou o presidente do Leão, Edson Ermenegildo.
Remontagem
Além da expectativa ara o retorno dos jogos, os presidentes de ambos os clubes esperam um torneio totalmente diferente na reta final das competições, seja pela parada dos treinamentos ou pela saída de atletas em função do término de contratos. "Todos nós gostaríamos que tivesse o mínimo possível de interferência, mas desconheço algum período de férias tão longo quanto o dessa pandemia. É natural que tecnicamente as equipes sofram", disse Genílson, que terá a disposição 18 dos 26 jogadores inscritos na competição até a parada em função da Covid-19
Já o Mirassol segundo o presidente Edson Ermenegildo, tem 24 jogadores que devem retornar à equipe. "Tem o Camilo, Hernandes e o Neto Moura que estão já com a Ponte Preta, mas tem a situação do Rafael Silva que tem convite do Juventude, do Rio Grande do Sul", conta. "Os outros atletas estão sem contrato, mas já devem retornar".
O Paulistão foi paralisado faltando duas rodadas para o término da primeira fase. O Novorizontino tem 16 pontos e ocupa a terceira colocação do Grupo B, três pontos atrás dos líderes Santo André e Palmeiras. Na Série D do Brasileiro, que começaria em 30 de maio, o Tigre estrearia contra o Joinville, em Santa Catarina. A chave conta ainda com São Caetano, os gaúchos Caxias, Pelotas e São Luiz, e os catarinenses Marcílio Dias e Tubarão.
O Mirassol ocupava a vice-liderança do Grupo C com 16 pontos, dois atrás do São Paulo, virtual adversário nas quartas de final. Na Série D, a estreia seria no estádio José Maria de Campos Maia, diante do Bangu, do Rio de Janeiro. A chave ainda tem Portuguesa, Cabofriense, ambos do Rio, além dos paranaenses Cascavel, Toledo e Nacional, e a Ferroviária, de Araraquara.
*Diário da Região