(Foto: Divulgação)
Números mostram impacto do coronavírus na rede privada de saúde, que vê demanda explodir. No HB, referência SUS, média de internações por dia saltou de 7 pacientes em junho para 19 em julho.
Tudo impactado
O trânsito de pacientes com Covid-19 também está congestionado na rede privada de Saúde de Rio Preto. Somente nos nove primeiros dias de julho, o Hospital Austa registrou mais atendimento de vítimas do coronavírus do que no mês de junho inteiro.
Quadruplicou
Foram 100 atendimentos no setor de Covid-19 (UTI e quarto) ao longo dos 30 dias do mês passado no Austa e 110 entre 1º e 9 de julho. Ou seja, a média diária de pacientes na instituição saltou de 3,3 para 12,2.
Mais mortes
A taxa de ocupação dos leitos de UTI para Covid-19 está em 50%, com 14 pacientes exigindo cuidados intensivos no momento. A projeção de mortes com base nos dados de julho é preocupante também. Junho totalizou apenas um óbito. Agora, são três em nove dias.
No HB
O Hospital de Base, principal referência SUS na região, também viu sua média diária de internações explodir nos primeiros dias de julho. E num ritmo ainda mais contundente. Foram 70 atendimentos em maio (média de 2,2 pacientes por dia); 215 em junho (7,1 por dia) e 174 nos primeiros nove dias de julho (19,3 internações por dia, em média).
Onde aperta
Mas é nas UTI do SUS que a preocupação com o índice de ocupação tira o sono de quem entende o que está acontecendo. Com HB e Santa Casa, referências do sistema público, congestionados, a Prefeitura de Rio Preto e o governo de São Paulo anunciaram nesta sexta (10) parceria com o Hospital de Jaci, do padre Nélio, que também deve virar referência SUS regional. São 53 vagas para Rio Preto (20 de UTI e 33 em enfermaria) e outras 18 para as cidades vizinhas.
‘Ajudar Rio Preto’
Padre Nélio Joel Angeli Belotti disse ao DLNews nesta sexta-feira que a abertura de vagas para pacientes Covid no hospital de Jaci tem como única meta auxiliar Rio Preto em um momento que o Hospital de Base e a Santa Casa apresentam aumento nas internações por causa da doença. "A gente quer ajudar a resolver o problema", disse.
Sem opção 1
A Prefeitura de Rio Preto contestou ação na Justiça do Sindicato dos Médicos. A entidade tenta derrubar decreto congelando aumento de gasto com pessoal durante pandemia da Covid-19. E também suspendendo contagem de prazos para benefícios como licença prêmio, por exemplo, até dezembro de 2021.
Sem opção 2
Segundo documento protocolado nesta sexta-feira (10), o município alega ter seguido lei federal, que exige o congelamento de gastos com o funcionalismo com o objetivo de priorizar os recursos com o combate à Covid-19. A Prefeitura de Rio Preto alega, por exemplo, que sem o adoção das medidas não poderia receber R$ 56 milhões do governo federal – parte deste dinheiro já foi encaminhada para o município.
Outra realidade 1
Carlos de Arnaldo, pré-candidato a prefeito de Rio Preto pelo PDT, diz que entra na disputa neste ano em condições muito mais favoráveis do que em 2016, quando o partido o fez ir para a briga após o prazo de filiações, ou seja, sem tempo para formar chapa de vereadores nem costurar coligações. "E com apenas 35 segundos de tempo na propaganda eleitoral gratuita e sem recursos”, completa.
Outra realidade 2
Segundo ele, sua realidade, quatro anos depois, é muito diferente. Com apoio prometido de Rede e PV, Carlos de Arnaldo diz que triplicou seu tempo na TV e rádio (2 minutos), e conseguiu formar uma chapa proporcional com 26 nomes, angariando jovens lideranças da cidade.
Zero chance
Os fatos acima, segundo ele, são suficientes para provar que sua candidatura é fato inquestionável no momento, matando especulações de que poderia virar vice de alguém, incluindo o ex-prefeito Valdomiro Lopes (PSB), com quem o pedetista diz não falar há 8 anos. "Dá para entender que a possibilidade de eu sair candidato a vice do Valdomiro, ou de quem quer que seja, é zero.”
Novo ministro
Milton Ribeiro, pastor e membro do Conselho Deliberativo no Instituto Presbiteriano Mackenzie, que foi oficializado no Ministério da Educação pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nesta sexta-feira (10), é visto como um nome de grife e simpático ao setor privado. E capaz de agregar em torno de si quatro das cinco facções que duelam por poder dentro do MEC: militares, evangélicos, grupos privados e Centrão. Apenas os olavistas, aos quais Abraham Weintraub era ligado, não se sentiriam contemplados com a nova escolha.
Relações próximas
Milton Ribeiro pode deixar o Ministério da Educação mais próximo de Rio Preto também. Coisa rara no governo federal. Seu nome teria saído da cartola do PSD. Muito próximo do ex-governador de São Paulo Cláudio Lembo, o ministro seria indicação do ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab. Este, por sua vez, tem estreitos laços políticos e familiares com o vice-prefeito de Rio Preto, Eleuses Paiva. A filha de Eleuses e o sobrinho de Kassab são casados. Ou seja, são todos da mesma turma.
Currículo
Segundo o currículo de Ribeiro, ele é doutor em educação pela USP, mestre em direito constitucional pelo Mackenzie e especialista em administração acadêmica pelo CRUB (Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras).
Sem Moro 1
Popularíssimo nas manifestações anti-Dilma que lotaram a avenida Alberto Andaló, o ex ex-ministro e ex-juiz da Lava Jato Sérgio Moro, tudo indica, não vai ser "convidado” para nenhum palanque nas eleições municipais deste ano em Rio Preto.
Sem Moro 2
Numa provável nacionalização do debate, Coronel Helena se alinha a Jair Bolsonaro (sem partido); Renato Pupo e Edinho Araújo estão mais afinados com João Doria; Celi Regina tem Lula; Carlos de Arnaldo evoca Ciro Gomes e Marina Silva; Marco Rillo agora é companheiro de Boulos. Com isso, o ex-juiz parece ter ficado sem "afilhado" por aqui.
Entre dois amores
O empresariado rio-pretense que, em sua maioria, vestiu com gosto a camisa BolsoDoria em 2018 vai ter de escolher daqui para frente entre o presidente Jair Bolsonaro e o governador de São Paulo, João Doria. Muitos deles se prepararam nesta sexta (10) para uma live organizada pelo Lide com Paulo Guedes, ministro da Economia e principal fiador do governo federal junto ao PIB. Mas Guedes se enrolou com a agenda e Doria, assumiu o posto. Abaixo, algumas frase do tucano que não deixaram dúvida à audiência de que o divórcio é irreversível...
Mérito nosso
"Foram os governadores que garantiram a quarentena em seus Estados para preservar vidas. Foram os governadores que tiveram que buscar mundo a fora respiradores e EPIs para profissionais da saúde. Trabalho que deveria ter sido feito pelo governo federal. Todos os governadores têm trabalhado juntos, sem partidarismo, para conseguir soluções que auxiliem o povo.”
O inimigo
"O inimigo da economia não é e nunca foi a quarentena. O inimigo da economia é a pandemia que tirou tantas vidas nos últimos meses."
Maior que ele
"O Brasil é maior que o Bolsonaro.”
Amiga China
"Nós tivemos coragem de levar um escritório de São Paulo para a China, que resultou nessa parceria para a fabricação da Coronavac. Nós respeitamos a China, não fizemos brincadeiras, não fizemos piada... Assim como respeitamos todos os outros países. Temos que fazer parceiros e não inimigos.”
Relação aberta
"O diálogo com prefeitos de São Paulo é aberto. 98% têm respeitado o Plano SP e seguido nossas orientações e não têm reclamado. Desde o começo falamos que a pandemia cresceria no interior e esses 98% acreditaram em nós, mesmo nos municípios que não tinha um caso. 2% acharam que sabiam mais que a medicina e só não tiveram mais mortes porque a Secretaria de Saúde interviu para que isso não acontecesse."
Sem palavrão
"Aqui em São Paulo não perdemos tempo com palavrões, nós trabalhamos. Aqui não tem corrupção, temos ação.”
*DL News