A pressão começou com Votuporanga, que através de decreto do prefeito João Dado (PSD) decidiu avançar sozinho para a fase amarela
No ofício, Edinho argumenta que Rio Preto (a região) está na fase laranja desde 1º de junho e solicita a revisão e reclassificação semanalmente e não por quinzena (Foto: Reprodução/Cidadão.Net)
Após frustração na 12ª atualização do Plano São Paulo, a região de São José do Rio Preto, da qual municípios como Votuporanga, Fernandópolis, Jales e Santa Fé do Sul fazem parte, aumenta a pressão junto ao governo do Estado para avançar na flexibilização, embora mantenha elevado índices de casos, óbitos e de ocupação de leitos.
A pressão começou com Votuporanga, que através de decreto do prefeito João Dado (PSD) decidiu avançar sozinho para a fase amarela. Ontem na Câmara de Fernandópolis, vereadores engrossaram o coro. “Estamos no limite”, apontaram os vereadores que defendem a flexibilização, preocupados com comerciantes que estão fechados há cinco meses.
O prefeito de Rio Preto, Edinho Araújo (MDB), oficializou pedido ao governador João Doria (PSDB) para reclassificar a cidade na fase 3 (amarela) do Plano São Paulo já na próxima sexta-feira, 28. O prefeito argumenta que os principais indicadores da pandemia estão "em desaceleração" na região, que foi classificada na fase 2 (laranja) do plano por registrar ocupação de leitos de UTI destinada a Covid-19 acima dos 75%. No início desta semana, porém, o índice reduziu para 74,4% nesta terça-feira, 25.
No ofício, Edinho argumenta que Rio Preto (a região) está na fase laranja desde 1º de junho e solicita a revisão e reclassificação semanalmente e não por quinzena, uma vez que, segundo ele, os dados têm mostrado que é necessária maior flexibilização e agilidade. Pela regra atual do plano, Rio Preto deve aguardar até a próxima reclassificação, que acontece no dia 4 de setembro. Reclassificações extraordinárias só acontecem quando uma região precisa regredir de fase.
No ofício, Edinho argumenta que Rio Preto está na fase laranja desde 1º de junho e solicita a revisão e reclassificação semanalmente e não por quinzena, uma vez que, segundo ele, os dados têm mostrado que é necessária maior flexibilização e agilidade. Pela regra atual do plano, Rio Preto deve aguardar até a próxima reclassificação, que acontece no dia 4 de setembro.
Contrapondo a pressão pela flexibilização, a realidade. Fernandópolis, vem mantendo nos últimos dias ocupação de 80 a 100% dos leitos de UTI, índices compatíveis com fase mais restritiva, ou seja, fase vermelha. Ontem, por exemplo, a cidade apresentava 100% de ocupação de leitos de UTI.
No caso de Votuporanga, o decreto do prefeito João Dado teve parecer favorável do Ministério Público. O juiz Camilo Resegue Neto, da 3ª Vara Cível aguarda posição do prefeito para decidir hoje se mantém ou anula os efeitos do decreto. O Tribunal de Justiça do Estado tem adotado como norma derrubar os efeitos de todos os decretos de prefeitos que afrontem o decreto estadual.
*O Cidadão.Net