Taxa de ocupação de leitos, falta de medicamentos e pressão da Defensoria Pública deixam clima tenso
Ainda assim, a expectativa, e torcida, dentro da Secretaria de Saúde de Rio Preto, é de que a região permaneça no laranja (Foto: Reprodução/DL News)
Rio Preto e região chegaram a véspera do anúncio de nova classificação do Plano SP com 79,7% de taxa de ocupação de leitos de UTI (0.3% percentuais abaixo do índice fatal), com estoques de medicamentos usados na intubação de pacientes para uma semana, no máximo (o Estado não entregou ainda as doses prometidas), e sob forte pressão da Defensoria Pública para que sejam adotadas medidas mais radicais de isolamento social. É a terceira semana consecutiva de sufoco e cálculos apertados.
Ainda assim, a expectativa, e torcida, dentro da Secretaria de Saúde de Rio Preto, é de que a região permaneça no laranja. O que já será visto de novo como vitória. Os números de leitos criados às pressas em UPAs e UBSs estão sendo decisivos nessa conta e fizeram o titular da pasta, Aldenis Borim, declarar que "quem afirma que a saúde está em colapso não sabe o que está falando”.
Na verdade, o discurso vem mudando para um tom mais otimista deste segunda-feira (3), contrário ao teor preocupado da semana anterior. Na último final de semana, logo após a região ser mantida no laranja contra todas as indicações, o prefeito Edinho Araújo (MDB) teria realizado uma reunião decisiva para a nova postura com os integrantes do comitê municipal de gestão da crise sanitária.
Na oportunidade, Edinho teria determinado que o grupo de gestão "fizesse o que tivesse que ser feito e gastasse o que tivesse que ser gasto” para que os números de Rio Preto não colaborassem para que a região regredisse para o vermelho.
A região de Rio Preto tem outro agravante com peso fundamental na reclassificação do Plano SP. O número de internados nos últimos sete dias aumentou 21,8%. A variação semanal de casos aumentou em 4,2%.
*DL News