Da Redação
Definitivamente, Tony Ramos é incansável. O ator costuma dizer que não descarta
nenhum personagem e que o seu ofício é mesmo representar, deve ser por isso que ele tem praticamente emendado uma novela à outra e muda de sotaque com uma
facilidade incrível. Nem bem se livrou do Opash, aquele comerciante indiano de
"Caminho das Índias" e já ganhou o italiano Totó, na novela "Passione".
E falando do personagem que mora na Toscana, muito em breve Totó vai passar por uma prova de fogo e sobreviver a uma tentativa de assassinato. Quem acompanha a novela tem visto que Clara (Mariana Ximenes) não está brincando e pretende se apoderar de todos os seus bens.
Depois de conseguir os documentos necessários para que se torne herdeira legítima, ela arma um plano diabólico. Enquanto Totó trabalha num dos depósitos existentes no sítio, ela coloca fogo no local mas quando percebe que ele vai mesmo morrer, bate o remorso e ela puxa o marido para fora das chamas.
Depois, Clara vai ficar com ódio de si mesma por não conseguir finalizar seu plano e é aí que tem a ideia de contratar um matador de aluguel.
Como se vê, Totó corre risco de morte mas é certo que isso não acontecerá, caso
contrário a trama de Sílvio de Abreu perderia o sentido. A especulação é que no
desenrolar da história, Totó será o salvador da metalúrgica e fará uma grande dupla com sua mãe, Bete (Fernanda Montenegro) na administração dos negócios da família.
Enquanto isso, o público se delicia com a performance de Tony Ramos na novela.
Show de interpretação deste talento comprovado ao longo de mais de 40 anos de
carreira.
No Cinema
E o que dizer do filme "Se Eu Fosse Você 1" e "Se Eu Fosse Você 2", "estouros" de bilheteria e que verá ganhar uma terceira edição, tamanho é o sucesso que alcançou.
Nascido Antônio de Carvalho Barbosa, em agosto de 1948, na cidade paranaense de Arapongas, Tony Ramos manifestou seu lado artístico ainda na adolescência, tanto que sua estréia em novelas foi em 1965. O ator é muito querido no meio artístico e nunca seu nome esteve ligado a qualquer tipo de fofoca; tem um dos casamentos mais estáveis do meio artístico. Casou-se em 1969 com Lidiane, com quem tem dois filhos:Rodrigo, que é médico, e Andréa, advogada.
Sem dúvida, é um dos mais importantes atores nacionais, alcançando a fama principalmente por seu trabalho em telenovelas. O nome americanizado, Tony, era um costume da época em que estreou na carreira artística, e Ramos é o sobrenome de um parente.
História
Quando criança, sua família mudou-se para São Paulo e a vontade de ser ator surgiu ainda na infância, quando assistia aos filmes de Oscarito e desejava ser como ele. Aos 14 anos, fez sua estréia na televisão, atuando em esquetes no programa "Novos em Foco", na extinta TV Tupi. Ainda nessa emissora, fez sua primeira novela, "A Outra", de Walter George Durst. Aos 16 anos, participou da dupla musical Tony & Tom, que chegou a se apresentar no programa "Jovem Guarda". Vale lembrar ainda sua atuação em "Vitória Bonelli", uma das últimas novelas exibidas pela TV Tupi.
No ano de 1977, transferiu-se para a Rede Globo, em que consolidou uma carreira de sucesso, tendo estreado em "Espelho Mágico". Passou, então, a morar no Rio de Janeiro. Dentre seus memoráveis personagens, encontram-se: o filho de Dona Santa em "Nino, o Italianinho" (1969); André Cajarana, que lutava para provar a inocência do pai, em "Pai Herói" (1979); Tom, contracenando com Sônia Braga, em "Chega Mais" (1980); os gêmeos João Victor e Quinzinho, de "Baila Comigo" (1981); Riobaldo, o jagunço que se apaixona por Diadorim, interpretada por Bruna Lombardi, em "Grande Sertão: Veredas" (1985), minissérie adaptada da obra de Guimarães Rosa; Tonico, um tipo amoral, em "Bebê a Bordo" (1988); José Clementino, um dos poucos personagens que fogem à linha de bom moço na carreira de Tony, em "Torre de Babel" (1998); Miguel, o livreiro romântico, espetacularmente contracenando com Vera Fischer, em "Laços de Família" (2000); Manolo, outro personagem que fugiu um pouco do seu estilo em "As Filhas da Mãe", protagonizando cenas "calientes" com Cláudia Ohana; o Theo, em "Mulheres Apaixonadas" (2003); o Coronel Boanerges, em "Cabocla" (2004); o mulherengo Antenor Cavalcanti, em "Paraíso Tropical"; e o indiano Opash, em "Caminho das Índias", contracenando memoravelmente com Eliane Giardini, Laura Cardoso e Lima Duarte. Conquistou o prêmio de melhor ator no Festival de Gramado por seu trabalho em "Bufo & Spallanzani" e no "Se Eu Fosse Você" e "Se Eu Fosse Você 2".
Esta é a trajetória de um ator de sucesso, um homem bem-resolvido com sua vida
pessoal e que faz do bom humor a sua bandeira.