Na entrevista Prata disse que articulará visita de Carla Bruni ao Hospital do Câncer
Henrique Prata, gestor do Hospital de Câncer de Barretos, deu entrevista a Jô Soares que vai ao ar semana que vem. Cowboy e domador de cavalos selvagens, que serão montados na Festa do Peão de Boiadeiro de Barretos (19 a 29 deste mês), fez um paralelo com o rodeio para mostrar outro desafio: o que enfrenta todos os dias para tornar a instituição que dirige num dos maiores centros de referência oncológica do mundo. Disse ainda que em outubro estará com a primeira-dama da França, Carla Bruni, para articular a visita dela ao hospital, em fevereiro de 2011. Ela virá para inaugurar o primeiro núcleo de robótica videoendoscópica da América Latina – O IRCAD- que funcionará no complexo do HCâncer Barretos.
Aos 47 anos, Prata administra uma área de 15 mil hectares de pasto, que abriga 20 mil cabeças de gado de corte, divididas em cinco fazendas. As propriedades estão espalhadas nos Estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e São Paulo. Além disso, dirige um hospital especializado em câncer que atende até 1.100 pacientes por dia. Na semana do evento, Henrique transforma-se em um típico caubói. Mais. Como peão de boiadeiro, desafia por oito segundos os cavalos na arena projetada por Oscar Niemeyer. “Monto muito bem”, se vangloria. “Fiquei em terceiro lugar em 1997.”
Este ano não será diferente. Henrique está pronto para repetir sua maratona na festa que atrai cerca de 1,5 milhão de pessoas a Barretos, cidade a 428 quilômetros de São Paulo. Mas seu envolvimento tem retorno comprovado. A renda da bilheteria do show da abertura do evento, cifra calculada em R$ 200 mil, vai para os cofres do hospital.
“A instituição não sobreviveria sem esses recursos”, diz Henrique. As celebridades quelá transitam também não ficam fora dessa empreitada. A bilheteria do show Amigos de 1998, por exemplo, que reuniu Zezé di Carmargo e Luciano, Chitãozinho e Xororó e Leonardo, foi revertida para seus projetos sociais. Foi assim que seu hospital saiu do vermelho, depois de enfrentar uma crise em 1990. “Ele faz um trabalho de alto nível e se tornou nosso amigo”, disse Chitãozinho à revista Gente. “A gente ajuda com o maior prazer.”
Filho de médicos, Henrique nasceu na capital paulista, em 1952. Época em que seu pai, Paulo, e sua mãe, Scyla, completavam o doutorado em oncologia na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.