Interpretando dois personagens ao mesmo tempo, o ator tem mostrado que merece o sucesso
Da Redação
A última novela de Murilo Benício foi "A Favorita" na qual ele interpretou o vilão Dodi, depois curtiu férias e até apareceu na telinha um pouco mais encorpado vivendo o Tenente Wilson, no "Força -Tarefa", mais um sucesso na carreira do ator.
Ainda curtindo o sucesso do seriado policial, Murilo Benício foi avisado que teria de emagrecer porque seria Victor Valentim no remake da novela "Ti-Ti-Ti" que estava sendo escrito por Maria Adelaide Amaral. E assim foi, todas as noites o ator diverte os seus fãs com as trapalhadas de Ariclenes Martins que travestido de costureiro espanhol pretende ficar rico e famoso.
Nos próximos capítulos, pouco a pouco o mistério sobre a origem de Cecília (Regina Braga) começará a ser desvendado por Ariclenes. Ela revela que teve um filho e que há muito tempo não tem notícias dele; Ari se propõe a ajudar Cecília a encontrá-lo, assim pouco a pouco, ela se lembrará dos detalhes e não vai demorar para que ele solucione o quebra-cabeças. Sabendo dos segredos do passado, Ariclenes terá um trunfo em suas mãos contra o Jacques Leclair (Alexandre Borges).
No entanto, nem tudo serão flores, Ariclenes vai enfrentar a fúria do seu filho Luti (Humberto Carrão) que vai conhecer Cecília e acusar o pai de aproveitar-se da doença dela.
Amor pela profissão
Murilo Benício não se cansa de dizer que trabalhar em "Ti-Ti-Ti" é muito prazeroso e divertido e ainda ele diz que assistiu a primeira versão da novela, produzida e exibida pela Globo na década de 80 e que, na época, sonhava em casar com Jaqueline, interpretada pela saudosa Sandra Bréa. Ele nem sonhava que um dia atuaria na trama que tanto gostava de acompanhar. Coisas da vida.
O gosto pela vida artística manifestou-se cedo quando o menino Murilo disse que seria ator de cinema, depois que assistiu e ficou fascinado pelo filme "Luzes da Ribalta". Ele tinha oito anos de idade, era gago e muito tímido.
Quando ele decidiu que ia frequentar as aulas do Teatro Tablado, a família apoiou, mas o pai ficou preocupado com o futuro e disse que Murilo deveria ter uma outra profissão e daí ele resolveu que paralelamente ao Tablado estudaria à noite. Não deu certo, o seu negócio era ser ator e decidiu correr atrás do seu sonho.
Assim, no final dos anos 80 juntou algum dinheiro e foi tentar a vida nos EUA. Foi para a Califórnia ser artista de cinema. Gagueira curada, não sabia nada de Inglês. Em San Francisco lavou chão, limpou vidraça, foi garçom e entregou pizza. Quando veio passar férias no Brasil acabou fazendo um teste na Oficina de Atores da Rede Globo. Aprovado, sua primeira novela na emissora foi "Fera Ferida", em 1993, interpretando Fabrício. Desde então, não parou mais. Até hoje na Globo, depois da sua primeira novela, Murilo Benício fez os personagens Juca Cipó, em "Irmãos Coragem"; Bráulio Vianna, em "Vira-Lata"; Chico em "A Comédia da Vida Privada"; Leonardo Mota em "Por Amor"; Antônio Mourão em "Meu Bem Querer"; Cristovão Rocha em "Esplendor", Tato em "Os Normais"; Delegado Vilela em "Brava Gente"; Diogo, Lucas e Léo, em "O Clone"; Danilo em "Chocolate Com Pimenta"; Tião Higino em "América" e Arthur Fortuna, em "Pé Na Jaca"; Dodi, em "A Favorita" e o Tenente Wilson, no "Força-Tarefa". Todos estes foram personagens de sucesso, mas sem dúvida foi na novela "O Clone",
interpretando três papéis diferentes, é que o ator ganhou maior projeção em sua carreira, tanto por sua competência como pelo enredo da novela, no qual Glória Perez abordou temas polêmicos como clonagem humana e a dependência química.
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