Não se constitui em novidade para milhões de brasileiros que contribuem com seus impostos o fato de que a carga tributária do Brasil é considerada uma das maiores do mundo. Quem sabe, talvez, a maior de todas, em função da majoração de impostos que se sucede na vida dos contribuintes.
Pagamos tributos de uma forma exagerada no que tange ao desfilar de impostos e que nunca alcançam uma margem suficiente para atendimento da saúde pública, que deixa muito a desejar, mormente nos casos em que hajam necessidades de urgência àqueles que dependem exclusivamente do SUS (Sistema Único de Saúde).
Dias atrás tivemos o anúncio do governo de elevar imposto sobre os derivados de petróleo, atingindo mais diretamente a gasolina e álcool para todos aqueles que abastecem seus veículos, muitos deles utilizados para o desempenho de atividade profissional, surpreenderam-se ao verificar o preço alterado nas bombas e de uma forma que causa revolta aos seus usuários.
Como se não bastassem as obrigações tributárias, que ao longo dos anos vêm sacrificando o bolso de todos que contribuem com este dever, o governo em uma tentativa de sair deste estado em que se encontra, o de cobrir o rombo dos cofres públicos, mas penalizando a todos em um momento incerto, mormente em se tratando de uma crise econômica, lança esta iniciativa pouco recomendada e sem o respaldo da população.
Na maioria dos postos de combustível a gasolina já atingiu o patamar de R$ 0,41 centavos a mais por litro e que não deixa de ser um abuso brutal por parte dos revendedores de combustível e quem suporta esta diferença é o consumidor, porque não há outra alternativa senão abastecer seu veículo para as necessidades prioritárias de que se utiliza dele para o exercício da sua atividade profissional.
Aumentar impostos como este que ocorreu no combustível faz com que a revolta se desencadeia por todo o país, notadamente por parte de um governo que até agora não convenceu os milhões de leitores e eleitores, o que vem demonstrar a falta de habilidade na condução da máquina administrativa, especialmente no que se refere a uma economia complexa e que levará alguns anos para sua recuperação.
Tudo leva a crer que o atual presidente da República faz com que o Brasil continue a trilhar este caminho que não conduz os homens que estão à frente do Palácio do Planalto a uma política que seja mais compatível com as boas iniciativas, razão pela qual a impressão que se tem é de que parece naufragar com 14 milhões de pessoas desempregadas, pondo em risco os investimentos daqueles que estão propensos neste sentido.
Além do que já enumeramos, o governo cortou 5,9 bilhões em despesas, o que deverá ter como consequência prejuízo de setores essenciais e indispensáveis na vivência do dia a dia, de acordo com essas necessidades, fruto de certas medidas que não vêm ao encontro das aspirações de toda a população brasileira.
O presidente Temer, por sua vez, declarou encarar com naturalidade os protestos contra esse aumento, mesmo em relação à baixíssima popularidade, faltando credibilidade suficiente para ele, presidente, sentir-se tranquilo, porém, não há perspectiva para essa tranquilidade, à vista de denúncias que comprometem seriamente a imagem do governante, até que sejam dissipadas todas as dúvidas em confronto com o que se apresentam.
O brasileiro cada vez mais preocupado, não somente com a crise que atravessa o país, mas com as próprias contas, para que se evite o “vermelho”, sendo que o ministro responsável pelo aumento de impostos, a exemplo de Temer, encara com normalidade os reflexos, sem refletir os efeitos que causam à população referidos aumentos, que pesam sobremaneira no orçamento, para que haja um equilíbrio entre os dois pratos da balança.
Controlar os dois fenômenos conhecidos como receita e despesa é uma tarefa difícil, notadamente à classe de baixa renda e que contribui da mesma forma com seus impostos, porém, sempre na expectativa de que uma política de bom senso venha a se consolidar para minimizar a situação presente.