Quatro dos sete vereadores que se reelegeram e um ‘novato’ já declararam que teriam interesse em comandar o Legislativo
Disputa pela presidência da Câmara de Votuporanga já tem pelo menos 5 candidatos (Foto: Assessoria)
Da redação
As eleições municipais terminaram no domingo, mas nos bastidores outro pleito já foi iniciado: o da presidência da Câmara Municipal para o próximo biênio (2025/2026). Pelo menos quatro dos sete vereadores reeleitos e um “novato” já anunciaram, após o resultado das urnas, que querem comandar o Legislativo no início do próximo mandato.
O primeiro deles foi Emerson Pereira (PSD), gabaritado por seus 1.641 votos e com a força de ter sido o vereador mais votado dessas eleições. Em entrevista ao A Cidade, o vereador afirmou que não pretende voltar para a secretaria de Direitos Humanos e que gostaria de iniciar seu novo mandato na presidência.
“Vou colocar o meu nome à disposição e já vamos iniciar as tratativas. Mesmo que eu tenha apenas o meu voto, sigo firme nesse propósito”, disse Emerson.
Chandelly Protetor (Republicanos), segundo mais votado, também disse ter pretensões, mas afirmou que ainda é cedo e que tudo depende das composições a serem feitas até o fim do ano. “Ainda não tocamos no assunto, mas meu nome está à disposição”, afirmou Chandelly.
Outro que segue forte no mesmo propósito é Osmair Ferrari (PL) e sua experiência de seis mandatos como vereador e três de presidente da Casa, dá um peso ainda maior ao seu nome. Questionada, porém, ele também diz que ainda é cedo.
“Tenho interesse sim, mas tudo vai depender muito do pessoal novo que está chegando. Ainda é cedo, tem muita coisa para acontecer ainda antes da eleição para a presidência”, afirmou Osmair.
Serginho da Farmácia (PP), por sua vez, também briga pelo cargo e tem ao seu lado sua expressiva votação, além de sua experiência de quatro mandatos. Na atual legislatura ele comandou a Casa de Leis no primeiro biênio e tem interesse de repetir o feito.
Novato
Já o “novato” que também disse ter o desejo de assumir a presidência, não é tão novato assim. Trata-se de Walter José dos Santos, O Wartão (União Brasil), que já foi vereador e chegou a ocupar a vice-presidência da Mesa Diretora. Como seu partido não faz parte da base de apoio ao prefeito Jorge Seba (PSD) e nem da oposição, ele acredita que sua eleição para presidente seria importante para garantir a independência dos poderes. “Vamos buscar o apoio necessário para alcançar esse objetivo”, destacou Wartão.
Descartado
Além dos cinco, havia muita especulação sobre uma suposta articulação para que Dr. Leandro (PSD), assumisse a presidência da Câmara. Procurado ontem pelo
A Cidade, no entanto, ele afirmou que não tem esse interesse e que primeiro quer conhecer os trabalhos do Legislativo.
“É uma questão até de humildade. Acho que primeiro tenho que conhecer o funcionamento da Câmara, vivenciar o dia a dia para só depois pensar em assumir uma responsabilidade como essa”, disse.
Mais cotado
Em que pese todos os nomes já apresentados, o mais cotado, nos bastidores, é o do atual presidente Daniel David (MDB). A reeleição para o cargo não é permitida, mas como se trata de uma nova legislatura, então não existe nenhum impedimento. Ele já tem conhecimento dos trâmites do legislativo e bom relacionamento com os demais vereadores, o que pode pesar a seu favor.
Eleição
De acordo com o regimento interno da Câmara, a eleição da Mesa é feita por votação aberta, cargo por cargo, na ordem de presidente, primeiro vice-presidente, segundo vice-presidente, primeiro secretário, segundo secretário e terceiro secretário, tendo direito a votar e a serem votados todos os vereadores, e a chamada feita por ordem alfabética. Os membros da Mesa serão eleitos por votos da maioria simples, presente, pelo menos, a maioria absoluta dos membros da Câmara.
Benefícios
Além de ser o representante legal da Câmara nas suas relações externas, o presidente do Legislativo Municipal também é o substituto legal em caso de afastamento ou cassação do prefeito e vice, além de ter direito a um acréscimo de quase 60% em seu subsídio (salário), ou seja, o equivalente a R$11,1 mil, enquanto o vereador comum recebe R$ 7 mil.