Secretaria de Saúde ressalta que Votuporanga está bem abaixo da média estadual (12/1000 nascidos vivos)
Leidiane Sabino
leidiane@acidadevotuporanga.com.br
No ano passado, Votuporanga comemorou a baixa taxa de mortalidade infantil, com índice de 3,7 referente a 2012, agora, com relação a 2013, último índice divulgado, de acordo com a Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados), a taxa da cidade subiu para 8,5 mortos a cada mil nascidos vivos.
A Secretaria de Saúde de Votuporanga ressalta que mesmo com o índice de 8,5, referente ao ano de 2013, a cidade está bem abaixo da média estadual (12/1000 nascidos vivos) e continua sendo referência em suas ações de combate à mortalidade infantil, como, por exemplo, o programa Primeiríssima Infância que se expandiu também para outros municípios da região devido aos bons resultados apresentados na cidade.
De acordo com a Secretaria de Saúde, a explicação para este índice é que a partir de 2013 houve uma alteração nos conceitos para definição da mortalidade infantil. Até aquele ano, os hospitais consideravam como morte infantil aquelas ocorridas em nascidos com idade gestacional maior que 22 semanas, mais de 500 gramas e acima de 26 cm. Os recém-nascidos que não apresentavam os três critérios em conjunto eram considerados como morte fetal e, portanto, não entravam neste índice. A partir de 2013, a ocorrência de apenas uma destas condições de forma isolada já é considerada como caso de mortalidade infantil e os registros são feitos rigorosamente pelas autoridades da área da saúde.
Além disso, as principais causas de mortalidade infantil foram as não evitáveis, como, por exemplo, má formação grave, morte súbita e prematuridade extrema. “O que significa que, independente das ações desenvolvidas, infelizmente não poderiam ser evitadas. Sendo assim, quando avaliamos em números absolutos vemos uma diferença, porém, algo que não caracteriza ineficiência, muito pelo contrário, já que continuamos com as ações implantadas no município e sendo referência para outras cidades do Estado”, explicou a secretária Fabiana Parma.
Entre os serviços que o município oferece para reduzir este índice estão: pré-natal, puerpério, puericultura, grupos de aleitamento, grupos de orientações para gestantes, serviços de pré-natal de alto risco, instituição de comitês que se reúnem trimestralmente para discutir o tema e propor ações intersetoriais (como, por exemplo, Comitê de Mortalidade Materna e Infantil), visitas à maternidade de referência do município, Programa da Primeiríssima Infância, assistência ao parto humanizado com doulas, capacitações aos profissionais da Rede de Saúde, entre outros.
“Além desses serviços, precisamos que as mulheres procurem as unidades de saúde o mais precoce possível para iniciar o pré-natal e compareçam às consultas, sempre realizando um planejamento familiar”, ressaltou a secretária de Saúde.