Denúncia foi feita por uma protetora dos animais da cidade; cachorrinha, que havia acabado de dar à luz, ficou muito ferida
A denúncia foi feita por Silene, que é protetora dos animais e cuida da cachorrinha; 'Pretinha' acabou de dar à luz (Foto: Arquivo pessoal)
Franclin Duarte
franclin@acidadevotuporanga.com.br
A Polícia Civil de Parisi irá instaurar um inquérito para apurar a prática de maus-tratos a uma cadela que estava alojada em um abrigo improvisado, no Recinto Municipal. Segundo a denúncia, um homem foi flagrado na terça-feira (22) enquanto estuprava a cachorrinha, que havia acabado de dar à luz.
O caso veio à tona por meio da protetora dos animais, Silene Poggi, que estava cuidando da “Pretinha” em uma bilheteria do recinto. Ela e alguns amigos a alimentavam davam água e acompanhavam o crescimento dos filhotes para posterior adoção responsável.
“Já há alguns anos nós utilizamos aquele espaço, com autorização da Prefeitura, para abrigar animais vítimas de maus-tratos ou abandonados que acabaram de dar cria e levamos essa cachorrinha para lá, onde ela teve três filhotes. Ontem [anteontem] um funcionário da Prefeitura chegou para fazer a limpeza do recinto, escutou ela chorando e quando viu tinha um homem com as calças abaixadas estuprando ela. Ele correu para me chamar e quando cheguei lá o cara já tinha fugido e ela estava com órgão genital sangrando, vomitou de tanta dor, chora o tempo todo, ficou traumatizada, tem medo de tudo”, contou.
Ainda segundo a protetora, a cachorrinha só não morreu porque foi atendida rápido, mesmo assim ela apresenta sequelas e seu estado de saúde ainda preocupa.
“Graças a Deus a gente conseguiu um moço que dá assistência na Prefeitura, na Casa da Agricultura, e ele foi lá, medicou, mas hoje [ontem] ela está com a barriga dura, com muita dor. É um dos crimes mais bárbaros que já vi na minha vida, pois a gente sempre ouviu falar que tem pessoas que fazem isso, mas enquanto a gente não vê, parece que não é verdade”, concluiu.
Inquérito
A Polícia Militar foi acionada e registrou o boletim de ocorrência. O caso agora está sob investigação da Polícia Civil, que tenta identificar o autor do crime. Segundo o delegado responsável pela delegacia de Parisi, Márcio Nobuyoshi Nosse, após a identificação do suspeito um inquérito será aberto para responsabilizá-lo.
“Não há tipificação legal para dignidade sexual de animais, então quando identificado o criminoso será responsabilizado por maus-tratos a animais”, explicou o delegado.
Silene indicou câmeras de segurança nas proximidades do recinto para ajudar a polícia a identificar o criminoso.