A Polícia Militar prendeu P. C. P., de 26 anos e apreendeu o adolescente L. J. B. S., de 14 anos, com drogas no bairro Pró Povo
A Polícia Militar de Votuporanga prendeu na noite da terça-feira (10) um menor e um traficante fugitivos da guerra de gangues de Rio Preto (Foto: Divulgação)
Fernanda Cipriano
Estagiária sob supervisão
fernanda@acidadevotuporanga.com.br
A Polícia Militar de Votuporanga prendeu na noite da terça-feira (10) um homem de 26 anos e apreendeu um adolescente de 14 anos com drogas, no bairro Pró-Povo. Os indivíduos estavam no município para fugir da briga de gangues que acontece em São José do Rio Preto e passaram a traficar em solo votuporanguense.
De acordo com a ocorrência policial, eles foram avistados, na região Norte de Votuporanga, durante patrulhamento quando corriam da rua para entrar em uma residência abandonada.
Foi realizado um cerco na casa para a captura dos suspeitos ejunto com eles foram encontradas 15 pedras de crack, pesando sete gramas, uma porção de maconha, pesando 25 gramas, e uma nota de R$ 50.
Ainda de acordo com a ocorrência, o homem de 26 anos confessou a traficância e disse que o adolescente o ajudava com as vendas. Também falou que estavam na casa abandonada, porque fugiram de São José do Rio Preto por conta da guerra de gangues rivais e tentavam se estabelecer em Votuporanga.
Diante os fatos eles foram encaminhados à Central de Flagrantes onde a autoridade de plantão, Rogério Montoro, ratificou a voz de prisão permanecendo à disposição da Justiça.
Guerra de gangues
Briga por território, homicídios e tragédias que envolvem os grupos de traficantes rivais, de São José do Rio Preto, já não é mais novidade. A guerra de gangues na cidade vizinha já teve pelo menos 20 casos de assassinatos ou tentativas, desde janeiro de 2020.
O último episódio, inclusive, ocorreu no início desta semana. Um adolescente de 17 anos foi baleado enquanto buscava drogas na Vila Toninho.Os disparos acertaram a sua perna direita e ele foi socorrido e encaminhado para a UPA Tangará.
Após o ocorrido ele conversou com os policiais responsáveis pelo caso e relatou que os atiradores seriam membros da quadrilha rival, que comanda o tráfico na região. Ainda contou que não sabia o porquê foi atingindo e nem o sexo de um possível suspeito.
A briga do submundo é marcada de um lado pelos jovens, em grande parte adolescentes, dos bairros Solidariedade, Amizade e Lealdade e da Vila Toninho. Do outro, jovens do Santo Antônio e do João Paulo 2º. A briga tem feito vítimas, na grande maioria, sem qualquer envolvimento com crimes.
Segundo os policiais que investigam os grupos, eles brigam por dominação territorial. Na maioria das vezes,os tiroteios ocorrem quando um grupo vai vender drogas na área do outro e como forma de resposta são cometidos assassinatos e, consequentemente, vem a resposta da gangue rival, desencadeando crimes em série.