No banco dos réus sentará Valter Donizete de Sandes, acusado de se associar ao seu cunhado para matar desafeto em Valentim Gentil
O juiz dr. Jorge Canil se aposentou depois de mais de 32 anos de serviços prestados; polícia chegou aos acusados com o auxílio de uma câmera de vigilância (Fotos: A Cidade e divulgação)
Franclin Duarte
franclin@acidadevotuporanga.com.br
Depois de mais de 32 anos de serviços prestados à Comarca de Votuporanga, o juiz da 1ª Vara Criminal e presidente do Tribunal do Júri local, Jorge Canil, teve sua aposentadoria publicada essa semana no Diário Oficial de Justiça. Com isso, o mutirão de júris programado por ele, a começar por esta sexta-feira (24), será comandado por outro juiz, o dr. Juliano Santos de Lima.
A trajetória de Canil pela Justiça votuporanguense se encerra debaixo de muitos elogios. Funcionários do fórum, advogados e a própria Subseção da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), de Votuporanga, divulgaram notas agradecendo ao magistrado por seu serviço prestado à Comarca.
Apesar das despedidas, o trabalho não pode parar. Jorge Canil já havia programado um mutirão de júris para os próximos meses, tendo em vista que muitos casos ficaram pendentes de julgamento por conta da pandemia do coronavírus. O primeiro será realizado amanhã e terá o comando do juiz substituto, Juliano Santos de Lima.
Júri
Dr. Juliano já atua na região há alguns anos e, antes disso, também foi juiz substituto no Paraná. Ele será o responsável por conduzir o julgamento do empresário Valter Donizete de Sandes, que é acusado de se associar ao seu cunhado, Milton Carlos de Almeida, para matar seu desafeto, o também empresário, Antonio Alexandre de Freitas.
O crime ocorreu em 13 de julho de 2017, na frente da casa da vítima que, à época ficava na rua Cidadão João de Novaes, no centro de Valentim Gentil. Conforme a denúncia, Valter teria se unido a Milton Carlos de Almeida (o atirador), para matar Antonio Alexandre.
No dia do crime, ainda segundo a denúncia, Milton foi até a casa da vítima e ao vê-la saindo de casa se dirigiu até o carro de Antonio e efetuou um disparo de arma de fogo na cabeça dele, fugindo na sequência.
A vítima foi socorrida e sobreviveu ao atentado. Já Valter e Milton foram presos após o caso ser elucidado pela Polícia Civil, com o auxílio de câmeras de segurança nas proximidades. Tudo teria sido motivado por conta de uma negociação de terras entre os dois e também um banco que havia penhorado parte de uma área a qual Antonio estava tentando comprar a contragosto de Valter.
Outro lado
Em sua defesa no processo, Valter nega envolvimento no crime. O jornal
A Cidade tentou ouvir seus advogados, mas eles preferiram não se manifestar publicamente a pedido da família.