Região

Entidades são contra proibição de "open bar"

O padre fez questão de convidar chefes de entidades para discutir o projeto
publicado em 13/02/2011

Da Redação

O padre fernandopolense Deoclides Lolis encabeçou na semana passada uma reunião cujo objetivo era mostrar a importância de dar fim às festas “open bar” em Fernandópolis. O projeto deverá sofrer revisões e adaptações para se enquadrar em leis já aprovadas em outros municípios, tais como as temáticas das festas, gêneros musicais e outras.
Alguns presidentes de clubes de serviços de Fernandópolis e o presidente do diretório acadêmico da Universidade Camilo Castelo Branco opinaram sobre o projeto de Lolis.
O presidente do Lions Clube Cidade Progresso de Fernandópolis, Carlos Henrique de Paula, explicou que se o projeto for refeito ele é a favor. “Se a lei não penalizar os clubes de serviços ou entidades eu sou a favor, pois as festas promovidas são para angariar fundos e assim ser destinados para as entidades, agora caso a lei proíba todas as festas vou ser contra, pois vai prejudicar os clubes e entidades”, afirmou Carlos.
É o que pensa Celso Pereira Martins. “Sou a favor da lei, desde que ela proíba festas para adolescentes, e não para os clubes que trabalham em prol da cidade”, disse Celso.
A estudante de Direito da Unicastelo e presidente do diretório acadêmico, Estela Cangueiro, disse que apoiaria o projeto se ele fosse direcionado para os jovens menores de idade.
“Acredito que esse projeto de lei pode prejudicar um pouco a cidade, que é uma cidade universitária. Muitos estudantes de outras localidades procuram Fernandópolis para encontrar um bom divertimento e se o projeto vingar, o que vai acontecer será efeito contrário, os estudantes de Fernandópolis vão procurar diversão em outras praças, podendo até afetar a economia local. O projeto vai ter todo meu apoio caso ele seja destinado somente para festas que permitam a entrada de menores de 18 anos”, concluiu Estela.
O padre fez questão de convidar chefes de entidades, pastores, políticos e magistrados para expor e discutir o projeto. Para Lolis, o alcoolismo que atinge diversas classes sociais continua aumentando, na medida em que diminui a faixa etária de quem consome. A intenção do religioso é conseguir apoio necessário da população para que o projeto seja levado até a Câmara Municipal de Fernandópolis.
O promotor Daniel Azadinho também deverá ser acionado por Lolis, na tentativa de que a promotoria peça à Câmara a criação de uma lei proibindo as festas em que o consumo de bebida é liberado. O juiz da Vara da Infância e Juventude, Evandro Pelarin, foi um dos convidados pelo padre e já revelou ser necessária cautela para se aprovar uma lei desse tipo, uma vez que qualquer festa desse gênero, beneficente ou não, poderá ficar impedida de se realizar quando no valor do ingresso estiver incluído o valor da bebida.

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