Da Redação

O prefeito de Jales, Humberto Parini (PT), foi suspenso do cargo após uma decisão da juíza da 4ª Vara Judicial de Jales, Renata Longo Vilalba Serrano Nunes. O despacho aconteceu na tarde da quinta-feira, mantendo o cumprimento da sentença proferida pelo Tribunal de Justiça de São Paulo referente ao processo ocorrido em 1997, movido pelo Ministério Público, durante a realização da Facip, quando ele se envolveu em escândalo de emissão de notas fiscais frias.

Pela sentença, Parini terá os direitos políticos por oito anos e perde o cargo que será ocupado pelo atual vice-prefeito Clovis Viola.

O chefe de gabinete da Prefeitura de Jales, Leo Huber, disse que os advogados e o prefeito receberam a decisão de cassação com surpresa, já que, segundo ele, não há trânsito em julgado da sentença condenatória.

Huber adiantou que ainda hoje os advogados do prefeito devem impetrar um mandado de segurança com pedido de liminar no Tribunal de Justiça de São Paulo na tentativa que reverter a decisão.

“Os advogados entendem que não há trânsito em julgado da sentença. Ainda há um agravo regimental que foi aceito para ser julgado no Supremo Tribunal Federal. Por isso hoje os advogados devem entrar com pedido de reconsideração da decisão para a juíza de Jales também”, explicou.

Para o chefe de gabinete a decisão não é definitiva e cabe questionamentos em relação a continuidade ou não do mandato do prefeito. “ Entretanto podemos enfrentar alguns dias de instabilidade”, disse.

Além do petista, ainda foram condenados a perda dos direitos políticos por oito anos, Antônio Sanches Cardoso, Hélio Soares, Jaime Belon, João Luiz Tressi e Ronaldo Alves de Souza por improbidade. O caso também tramitou no Tribunal de Justiça (TJ) de São Paulo.

A Câmara de Jales deverá cumprir a determinação judicial e convocar o vice-prefeito Leoni Clóvis Viola para assumir a administração após notificação judicial. Viola deverá assumir o cargo após a realização de sessão extraordinária convocada pelo Legislativo nos próximos dias.