A mulher, que mora em Fernandópolis, teve o problema agravado por um Acidente Vascular Cerebral
Com 200 quilos, sem conseguir andar ou mesmo fazer atividades simples, como o asseio pessoal, a doméstica Izildinha da Silva, 40 anos, vive “presa” a uma cama enquanto sonha com uma cirurgia bariátrica que permitiria uma nova vida. A mulher, que mora no Jardim Paulista, em Fernandópolis, teve o problema agravado por um Acidente Vascular Cerebral (AVC) sofrido em setembro de 2011. Desde então está sem os movimentos do lado esquerdo do corpo.
A doméstica procura por ajuda e já passou pela primeira consulta médica, na quinta-feira, no Hospital de Base de Rio Preto, com vistas à cirurgia de redução de estômago. Izildinha conta que o ganho de peso começou a ganhar ritmo a partir de dezembro de 2010 quando, devido a um abcesso (acúmulo de pus na pele que causa inflamação e morte do tecido), teve que passar por uma cirurgia na perna. Como a diabetes dificultava a cicatrização da cirurgia, permaneceu por semanas acamada. “Tive que ficar em repouso para a recuperação, foi aí que comecei a engordar mais.”
Na época da cirurgia para retirada do abcesso a mulher pesava 124 quilos e exercia atividades corriqueiras. Trabalhava de doméstica e cuidava da casa e dos dois filhos. “Sempre fui gordinha, mas nunca tive problemas por isso”, explica. Em quatro meses Izildinha engordou quase 80 quilos e passou a enfrentar problemas de saúde como hipertensão e dificuldades de locomoção. Atualmente, os movimentos de Izildinha se limitam a mexer o braço e a perna do lado direito.
Todas as atividades da casa e os cuidados com Izildinha são realizados pela filha, Monieli Caroline da Silva, 15 anos. A garota é responsável por dar banho na mãe e ajudá-la a se alimentar. Há cerca de sete meses Izildinha vêm buscando ajuda médica. Anteontem, a mulher conseguiu uma consulta no HB. Segundo a assessoria de imprensa do hospital, a paciente passou por avaliação, que detectou osteomielite na coluna (infecção que a impede de se deitar de barriga para cima). Por esse motivo ela não está em condições para passar pela cirurgia bariátrica. Os médicos orientaram a paciente a tratar a osteomielite em Fernandópolis e agendaram um retorno para daqui dois meses, quando passará por nova avaliação. (Diário da Região)