O pedido foi feito durante a audiência feita no fórum; o advogado de defesa de Hugo não foi encontrado para comentar o assunto.
Zootecnista Hugo Imaizumi, de 41 anos, está estável em um quarto do SUS em Rio Preto, sob escolta policial Foto: Reprodução/TV TEM
O Ministério Público pediu para a Justiça que o zootecnista Hugo Imaizumi, suspeito de ter matado os dois filhos por causa de ciúmes da mulher, vá a júri popular em São José do Rio Preto. O pedido foi feito durante a audiência feita no fórum.
O advogado de defesa de Hugo não foi encontrado para comentar o assunto. O promotor do caso, José Márcio Rossetto Leite, disse que a defesa tem um prazo de cinco dias para entrar com recurso. Após o fim deste prazo, a Justiça tem 10 dias para definir se o suspeito irá ou não para júri popular.
Hugo Imaizumi tem 41 anos e é doutor em Ciência Animal pela Universidade de São Paulo (USP). Desde a época do crime, ele está preso na penitenciária de Tremembé e veio a Rio Preto apenas para a audiência.
Segundo o promotor, foram ouvidas nesta audiência as testemunhas de acusação. Testemunhas de defesa de Hugo não compareceram e, segundo o promotor, Hugo permaneceu em silêncio durante toda a audiência.
Suposta traição
Hugo teria matado os filhos por causa de uma suposta traição da mulher, que nega o fato. Um bilhete falando sobre a suposta traição foi encontrado no quarto da família, ao lado dos corpos dos garotos e do pai, que tentou o suicídio, mas sobreviveu e está internado.
A carta escrita à mão foi encontrada pela polícia no quarto em que ele estava com as crianças. No bilhete, ele expressou decepção e se despediu da mulher, uma fisioterapeuta de 39 anos. Segundo a polícia, na época do crime, a mulher relatou que o casamento já estava praticamente acabado por conflitos e incompatibilidade. Na carta, o zootecnista se despede de parentes e alega que o “componente infidelidade” foi a motivação do crime.
Entenda o caso
De acordo com informações do boletim de ocorrência, por volta das 2h do dia 25 de setembro, a mãe das crianças foi até a Unidade de Pronto Atentimento (UPA) do Jardim Tanguará e, desesperada, avisou a um dos guardas municipais que seu marido havia matado os dois filhos a facadas.
Os guardas foram até a casa com a mulher, onde encontraram o homem deitado na cama com as duas crianças. Conforme o registro policial, eles tentaram reanimar as crianças até a chegada do resgate, mas não conseguiram. Os dois irmãos foram mortos pelo pai com facadas na jugular, segundo a polícia.
Ele teria tentado cometer o suicídio em seguida e foi encontrado com várias perfurações no peito e com a faca ainda cravada no pescoço. Ele foi socorrido, levado para o Hospital de Base de Rio Preto, onde ficou internado por oito dias.
Fonte G1