Alice, de 8 meses, sofre de uma malformação congênita da coluna chamada de mielomeningocele
Um casal penapolense vive dias difíceis em busca de tratamento para sua filha Alice, de 8 meses, que sofre de uma malformação congênita da coluna chamada de mielomeningocele. Ela ainda não sabe o que é viver na tranquilidade do lar. Desde que nasceu está sob cuidados médicos no Hospital Unimed Araçatuba.
A bebê precisa ser submetida a um procedimento cirúrgico. Entretanto, o custo do tratamento foge do orçamento da família, que colocou a casa à venda na tentativa de bancar parte do tratamento, estimado em R$ 90 mil.
A mielomeningocele ocorre quando a coluna vertebral da criança sofre a malformação; as meninges, a medula e as raízes nervosas ficam expostas. A medula sofre esta exposição, geralmente, na região lombar e fica revestida apenas pela camada de pele, formando uma espécie de 'bolha' na região exposta.
VIAGENS
O pai da menina, Agnaldo Escalambra, está desempregado e sua esposa, Sabrina Aparecida Gomes, precisou deixar o serviço para se dedicar às visitas diárias que faz à filha no hospital - ela viaja de Penápolis a Araçatuba todos os dias. "Os custos chegam a R$ 1,7 mil mensais somente com as viagens, que hoje são pagas pelos avós, que ajudam nos gastos", contou Escalambra.
Segundo o pai, depois que nasceu, Alice chegou a passar alguns dias em casa, mas precisou ser internada novamente, pois começou a ficar fraca. Era preciso tratamento específico e sem risco de infecções.
Além da mielomeningocele, a bebê tem fenda palatina - uma malformação no céu da boca. Uma abertura existe entre a boca e o sistema respiratório, dificultando e até impossibilitando a alimentação adequada, já que parte do que é ingerido pode cair no pulmão. "Assim que retornou ao hospital, passamos a fazer visitas diárias. Não há um só dia que não saímos de Penápolis e vamos passar a tarde com nossa filha", contou emocionado.
DESESPERO
A busca em conseguir dinheiro para a filha chegou ao ponto do casal colocar a residência onde moram à venda. O problema é que, mesmo com o dinheiro arrecadado, caso o imóvel encontre comprador, não será suficiente para o custeio da cirurgia. "Nossa casa é muito simples e custa em torno de R$ 150 mil. Ainda restam quase R$ 90 mil para quitar o financiamento. A sobra não será suficiente para pagar o procedimento, isso se eu conseguir vendê-la a tempo", afirmou.
A cirurgia para correção da mielomeningocele deveria ter sido feita na menina logo após seu nascimento, mas os demais problemas apresentados por Alice impediram que os médicos providenciassem o processo cirúrgico.
Hoje, Alice apresenta melhoras significantes em outras áreas e, por isso, a correção precisa ser feita imediatamente, sob o risco de sofrer consequências para toda a vida. A ajuda financeira que Agnaldo e Sabrina têm recebido da família tem possibilitado que a menina permaneça em um hospital particular, por meio de convênio médico. Entretanto, outros gastos são necessários, como a compra de fraldas e um leite especial para sua alimentação, cuja lata custa em torno de R$ 208.
O pai de Alice buscou diversos hospitais e equipes médicas na região que pudessem realizar o procedimento cirúrgico. A única que aceito o desafio foi a equipe do neurocirurgião Sérgio Cavalheiro, referência no assunto e que atende nos hospitais Albert Einstein e no Santa Catarina, ambos em São Paulo. "Conseguimos a internação da Alice no hospital Santa Catarina pelo convênio, mas teremos um gasto muito grande com a cirurgia, que precisa ser paga à parte", finalizou.
AJUDE
Quem quiser ajudar a família, pode doar qualquer quantia pelos telefones (18) 99657-0901 e 3653-2409 ou depositá-la na seguinte conta:
Banco Itaú
Agência - 0220
Operadora - 01
Conta - 01204-1
CPF - 288.239.118-85
Fonte: Folha da Região