O caso foi julgado no Fórum de Cardoso, pela juíza Helen Komatsu, e o resultado da sentença foi divulgado nesta segunda-feira (23)
Gabriel Monteiro Ossefani, de 9 anos, foi morto com um tiro de espingarda efetuado pelo seu primo de 7 anos (Foto: Divulgação)
Aline Ruiz
O dono da espingarda que matou Gabriel Monteiro Ossefani, de 7 anos, em junho deste ano, em Mira Estrela, foi liberado pela Justiça de Cardoso, que lhe concedeu o perdão judicial. B.E.D.S., de 67 anos, não possuía o registro da arma e será processado pela prática de dois crimes: homicídio culposo e posse ilegal de arma de fogo.
Em conversa com o A Cidade, o advogado de B.E.D.S., Fábio Binati, revelou que está muito contente com o resultado. “A sentença dada para ele foi bem rara e incomum. Então ele foi acusado, processado e condenado, porém, ao final, foi concedido o perdão judicial, o que quer dizer que ele não terá pena nenhuma para cumprir, porque já há sofrimento suficiente com a culpa que ele carregará pelo resto da vida de ter sido responsável, mesmo que indiretamente, pela morte do sobrinho”, explicou.
O caso foi julgado no Fórum de Cardoso, pela juíza Helen Komatsu, e o resultado da sentença foi divulgado nesta segunda-feira (23). Na época do crime, também para o A Cidade, o advogado do acusado contou que ele estava muito abalado com a situação, mas que estava recebendo o apoio necessário de todos os familiares.
Relembre o caso
Gabriel e a família, que são moradores de Valentim Gentil, passavam o fim de semana em uma propriedade rural de Mira Estrela, onde o tio mora. Ele e o primo de 9 anos estavam brincando com a arma que encontraram em um quarto do sítio. Segundo informações da Polícia Militar, em determinado momento, o primo de 9 anos apontou para as costas do menino de 7 anos por brincadeira e a arma disparou, atingindo a nuca de Gabriel.
Ao ouvir o som do disparo, os parentes que estavam na casa socorreram Gabriel, que foi levado para o pronto-socorro de Mira Estrela, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.