Arara vive solta na natureza e sempre que pode acompanha o operador de empilhadeiras, há um ano, em 'rolezinhos' por Pereira Barreto (SP).
Arara-canindé e morador de Pereira Barreto (SP) têm relação especial e de confiança (Foto: Manuel Eduardo Zeferino/Arquivo Pessoal)
Os "rolês radicais" de uma arara-canindé em uma motocicleta têm chamado a atenção dos moradores de Pereira Barreto (SP), cidade com 25 mil habitantes no noroeste paulista. A relação de carinho entre a ave e um operador de empilhadeiras começou há cerca de um ano e inclui muitos passeios.
Manuel Eduardo Zeferino ressalta que a ave vive solta na cidade. Ele conta que Duda voa livremente pelo céu, mas o amor por ele a faz voltar todos os dias para o coqueiro onde mora, na casa de Zeferino. O café da manhã da arara é com direito a frutas e semente de girassol dadas por ele.
De acordo com a Polícia Ambiental, é considerado crime se a pessoa cria a ave silvestre em cativeiro, presa em alguma gaiola. A polícia informou também que alimentar animal silvestre não caracteriza infração.
"Ela voa para todo o canto, fica livre, mas não se perde. Ela volta todo dia para a casa. Eu coloquei o nome de Duda nela. Quando eu assovio, ela reconhece, assovia de volta e vem voando para mim", conta Eduardo em entrevista ao G1.
Ele afirma que a ave fica por perto o tempo todo. A companhia varia desde passeios no ombro a pé pela cidade a "rolês" mais radicais em uma motocicleta.
"Às vezes, quando eu mesmo estou voltando do trabalho, passando na rua, ela me encontra e já voa para o meu ombro. É uma relação de muito carinho", diz.
Eduardo afirma que cuida de Duda há um ano. Ele resgatou a arara quando trabalhava em uma casa e a ave ainda aprendia a voar. "Ela tinha se alojado em um lugar oco. A dona da casa estava com medo de algum gato pegar, então eu comecei a cuidar da Duda".
"A Duda é muito mansa. Eu acho que é coisa de Deus mesmo, é raridade, porque eu nunca vi um bicho tão amoroso assim. A gente cria ela livre, solta. Costumo falar que é nossa, da natureza".