Delegado José Luiz Barboza Júnior investiga o caso do noivo suspeito de forjar sequestro para não casar
Delegado José Luiz Barboza Júnior investiga o caso do noivo suspeito de forjar sequestro para não casar (Foto: TV TEM/Reprodução)
O delegado que investiga um advogado suspeito de forjar o próprio sequestro para fugir do casamento afirma que ele deu “prejuízos incalculáveis” à noiva e à família dela.
A vítima, uma mulher de 44 anos que não teve a identidade divulgada, registrou um boletim de ocorrência em São José do Rio Preto alegando que o noivo, Marcelo Henrique Morato Castilho, de 34 anos, havia sido sequestrado um dia antes do casamento. Mas, durante a investigação, a polícia descobriu que o sequestro tinha sido forjado pelo próprio noivo, que está foragido.
Segundo o delegado José Luiz Barboza Júnior, o casal se conhecia desde a adolescência, mas só começou a se relacionar há cerca de um mês e meio. Nesse pouco tempo os dois ficaram noivos e começaram a planejar o casamento.
“A noiva teve prejuízos incalculáveis, porque gastou com estadias e viagens de avião para Brasília, onde seria feito o casamento. Além disso havia muitos detalhes, como floricultura, buffet, decoração, a catedral escolhida para a cerimônia e até o transporte dos familiares a Brasília.”
A vítima relatou à polícia que o noivo exigia requinte e sofisticação na cerimônia. “Ele solicitava coisas requintadas, de altíssimo valor, que eram bancadas pela família da própria vítima.”
Relação tranquila
O delegado afirma que a noiva nunca desconfiou que pudesse ser vítima de um golpe. Os dois tentaram até comprar uma casa juntos. “A relação deles era tranquila, o suspeito frequentava a casa da família e fez todos acreditarem que daria em casamento”, diz o delegado.
O suspeito ainda dizia conhecer pessoas importantes e demonstrava alto padrão de requinte para passar credibilidade.
“Ele se intitulava uma autoridade com vasto conhecimento na cúpula do país, mas pelas investigações, não passava de uma tentativa para enganar a vítima”, diz José Luiz.
Segundo a polícia, há pelo menos mais um caso de estelionato semelhante na cidade atribuído também a Marcelo. O caso que teria acontecido em 2016, terminou de forma igual: com o casamento cancelado.
“No primeiro caso ele teria um problema de saúde e consequente-mente houve uma transferência de cidade no momento do casamento, mas não falo do primeiro caso porque ele está sob segredo de Justiça”, explica o delegado.
A polícia não tem pistas sobre o paradeiro de Marcelo. A reportagem não conseguiu entrar em contato com ele.