Suspeito tinha um relacionamento com a vítima e está desaparecido, segundo a polícia. Jovem foi encontrada em Rio Preto com uma camiseta enfiada na boca e braços e pernas amarrados
Jully Anne foi encontrada morta enrolada em um tapete em Rio Preto (Foto: Reprodução/Facebook)
A Polícia Civil já tem um suspeito de ter matado a jovem Jully Anne Esteban Martins, de 19 anos, em São José do Rio Preto (SP). O corpo da vítima foi encontrado com os pernas e braços amarrados, com uma camiseta enfiada na boca e enrolado em um tapete.
Segundo o delegado Renato Pupo, o crime foi cometido com requintes de crueldade e o principal suspeito é um homem com quem a jovem tinha um relacionamento.
Segundo a família e amigos, Jully Anne era garota de programa. Ela foi encontrada morta na casa onde o suspeito morava, no bairro Jardim Soraia.
“O requinte de crueldade pode indicar raiva, de quem não aceitava o fim do relacionamento. Ela estava com uma camiseta na garganta, foi tirada uma camiseta inteira da garganta dela, além de tufo de papel higiênico na vagina. Tudo isso está sendo levado em consideração”, afirma Pupo.
Ainda segundo o delegado, o fim do relacionamento teria motivado o crime. “Ele tinha relacionamento com a vítima, se apaixonou. Quando ela quis se afastar, ele não aceitava, falava até em suicídio. Mas isso não é suficiente para imputar autoria. Mas é um motivo que aumenta a suspeita sobre ele”, afirma.
Jully foi encontrada na quinta-feira (29) após vizinhos reclamarem do cheiro forte na casa. O corpo dela estava em estado avançado de decomposição, o que índica que ela estava morta há vários dias.
De acordo com o delegado, outro fato que aponta o suspeito investigado pela polícia como autor do crime é que ele está desaparecido há quatro dias.
“Outro fato relevante é que ele desapareceu. Ela saiu de casa em um dia dizendo para a avó que ia na casa dele, pediu para a avó ligar para ela momentos após para se livrar dele, porque ele era muito pegajoso. Mas o telefone não atendia mais”, diz o delegado.
A morte
Jully Anne foi encontra morta em uma casa no bairro Jardim Soraia depois que vizinhos reclamaram do cheiro forte que vinha da residência. Os policiais chamaram um chaveiro, já que não havia ninguém no local, abriram a casa e encontraram o corpo enrolado no tapete.
Quando a polícia encontrou o corpo, a vítima estava sem documentos e foi reconhecida pela avó e uma amiga no Instituto Médico Legal (IML).
De acordo com relato do médico legista à polícia, no corpo da vítima foi encontrado papel higiênico dentro do órgão genital. Além disso, a boca foi amordaçada por um saco plástico.
O corpo de Jully foi enterrado na manhã desta sexta-feira (30) no cemitério São João Batista, em Rio Preto.
Fonte: G1 Rio Preto e Araçatuba