Mãe também foi detida pela Polícia Civil no terminal rodoviário de Rio Preto voltando para a cidade natal. Criança já estava em posse da mãe adotiva.
Mulher prestou depoimento na DDM de Rio Preto (SP) — Foto: Reprodução/TV TEM
Uma mulher de 45 anos foi detida na manhã desta quarta-feira (22) suspeita de tentar adotar de forma irregular um bebê em São José do Rio Preto (SP). A mãe biológica de 19 anos também foi detida. O menino nasceu há 15 dias.
De acordo com a Delegacia da Mulher, a investigação começou depois de uma denúncia anônima relatando que uma mulher se relacionava com a grávida com a pretensão de ficar com a criança.
Após as investigações, na madrugada desta quarta-feira, policiais foram até o terminal rodoviário e encontraram a mãe biológica aguardando o ônibus para voltar à cidade de origem. Os policiais surpreenderam a mãe com as passagens na mão para Cascavel (PR).
Os policias também chegaram até a mulher que ficou com a criança, que foi presa em flagrante. A criança foi encaminhada para o Conselho Tutelar e a Justiça deverá decidir o futuro do recém-nascido.
A Delegacia da Mulher afirma que as mulheres se conheceram há cinco meses por meio de uma amiga em comum.
“Não é a primeira vez que ela tenta fazer isso, e esse processo será juntado ao outro. Não podemos falar em compra, mediante pagamento ou recompensa. Mas é isso que vamos investigar, as circunstâncias dos acontecimentos. Ela teria feito outras tentativas para obter crianças por esse meio e não por meios legais”, afirma a delegada Dálice Ceron.
Segundo a DDM, a mulher que entregou o filho não tinha condições de criar. A delegada disse que ela já é mãe de uma criança, que mora com a avó no Pará.
“A mãe tinha pretensão de se livrar da criança. Ela tem uma filha no Pará, é uma família desestruturada. Era uma situação ajeitada, a mãe disse que tinha dificuldade financeira, gravidez indesejada, é um problema social grave. A compensação seria mais resolver um problema dela, ficar com a criança acomodada com alguém”, diz a delegada.
Segundo a delegada, a prisão é afiançável, mas um valor ainda não foi determinado. Se tiver o pagamento, elas responderão em liberdade.
Fonte. G1