Para executar o trabalho, a administração municipal deve desembolsar cerca de R$ 5 mil dos cofres públicos
Região: plantas aquáticas tomaram conta da prainha de Cardoso nas últimas semanas (Foto: Arquivo Pessoal)
Da Redação
A Prefeitura de Cardoso informou que fará na próxima quarta-feira (15) a retirada dos aguapés que invadiram a prainha do Complexo Turístico “Leandro Trindade da Silveira”. Para executar o trabalho, a administração municipal deve desembolsar cerca de R$ 5 mil dos cofres públicos.
As plantas aquáticas tomaram conta do espaço desde o dia 15 de dezembro do ano passado, se proliferando sem limites. Quem esteve no local para passar o Natal e o Ano Novo viu no lugar do rio uma espécie de gramado.
Segundo a Prefeitura, atualmente existem duas espécies de plantas aquáticas na prainha: os aguapés e a alface d’água (esta utilizada para fins medicinais). Ambas são benéficas ao meio ambiente. O problema está no excesso dessas plantas que causam a eutrofização, que consiste no impedimento da luz solar nos corpos d’água. Isso pode ocasionar a morte de outras espécies aquáticas, inclusive peixes, pela falta de luz e oxigenação da água. Com a decomposição das folhas, acontece o mal cheiro na água.
“Estamos programando a retirada daquelas plantas que estão começando a amarelar para a semana que vem. Já está tudo certo com a Cetesb. Existe uma certa demora porque estamos fazendo tudo exatamente com respeito aos órgãos fiscalizadores para não termos problemas futuros”, explicou em nota a Prefeitura de Cardoso.
Fato já aconteceu antes
Segundo o diretor do Departamento de Meio Ambiente de Cardoso, Levi Francisco, o fenômeno já ocorreu anteriormente, mas não na mesma proporção.
“O fato é decorrente da época da cheia. Os aguapés são oriundos do Rio Turvo, que com a cheia acabam desprendendo e sendo carregados pelos ventos, indo parar em rios que fazem conexão com o Turvo”, falou.
Segurança
Questionada pelo jornal A Cidade se devido a presença dos aguapés a prainha foi interditada para pesca e banho, a Prefeitura respondeu que não foi preciso a atitude, destacando ainda que, mesmo com o fato, houve um grande número de turistas que procuraram a cidade para passar as festas de fim de ano.
A municipalidade fez um trabalho de orientação, vigia e monitoramento no local. Não houve também nenhum registro de mortandade de peixes por conta da ocupação do local pelos aguapés. (Colaborou Karolline Bianconi)