Os empresários relatam que as medidas de isolamento são ineficientes e injustas uma vez que é possível observar dezenas de pessoas em filas de bancos e de supermercados (Foto: Reprodução/ Jornal Cidadão)
Os comerciantes de Fernandópolis saíram às ruas em manifestação pela reabertura imediata do comércio. A carreata ocorreu na manhã desta sexta-feira, 27, e contou com a participação de dezenas de motoristas que trafegaram em comboio fazendo “buzinaço” pelas principais ruas e avenidas da cidade. Eles alegam que não terão condições de pagar aluguel e funcionários se não voltarem a trabalhar imediatamente.
Para o empresário José Rodrigues, 50 anos, dono de uma empresa de tintas, a situação é insustentável. Para ele, a manifestação não tem como objetivo “fazer barulho, mas sim, ter uma satisfação positiva das autoridades”.
“Tem muita gente que precisa disso. Mais de 90% da minha empresa atende aos profissionais autônomos. 70% do município gira em torno dessa categoria de trabalhadores”, afirmou.
Além da preocupação em atender os profissionais autônomos, os comerciantes estão preocupados com os custos operacionais mensais. José Rodrigues relata, por exemplo, dificuldades para pagar aluguel e a folha de pagamento deste mês.
“Eu pago aluguel e o dono do prédio paga a faculdade da filha e outras despesas com esse dinheiro. Eu não posso simplesmente chegar lá e dizer que não vou pagar esse mês porque ele já me adiantou que precisa desse dinheiro. Eu tenho funcionários e não posso demiti-los agora porque os salários já estão comprometidos”, disse.
Os empresários relatam que as medidas de isolamento são ineficientes e injustas uma vez que é possível observar dezenas de pessoas em filas de bancos e de supermercados, incluindo idosos que estão no grupo de risco.
“Se é para resolver o problema, todo mundo tem que pôr a cara para bater, o prefeito tem que pôr a cara para bater porque os empresários não querem fazer barulho. Só queremos que ele entenda qual é a nossa posição”, acrescentou.
Desde o último decreto publicado no sábado, 21, pelo governador do Estado de São Paulo, João Dória, o comércio está parcialmente fechado, operando apenas e sob restrições, os serviços considerados essenciais para a população como saúde, supermercados, delivery de comida, postos de combustíveis e limpeza urbana.
*CidadãoNet