Presidente da entidade se reuniu com o prefeito, que foi alvo de protestos pela manhã de ontem
Edinho e o presidente da Acirp, Kelvin Kaiser, em reunião nesta segunda-feira, 13 (Foto: Divulgação/Prefeitura Rio Preto)
A direção da Associação Comercial e Empresarial de Rio Preto (Acirp) se reuniu novamente com o prefeito Edinho Araújo (MDB) para pedir flexibilização no funcionamento do comércio. O presidente da entidade, Kelvin Kaiser, entregou ao prefeito um plano para retomada gradual das atividades, o que leva em conta a adoção, "o mais breve possível", de medidas para a flexibilização responsável das regras de isolamento horizontal vigentes. O ofício apresentado ao prefeito propõe a "manutenção do isolamento social para os grupos de risco, idosos e portadores de doenças preexistentes."
Outra proposta da entidade é iniciar o retorno ao trabalho por faixa etária, com a permissão para o grupo de até 50 anos, desde que os trabalhadores não façam parte de grupos de risco e sigam os protocolos sanitários a serem normatizados pela Secretaria da Saúde.
Uma das queixas da Acirp é sobre a falta de detalhamento mais claro da Prefeitura sobre quais são as atividades permitidas, e de que forma. "O que pedimos ao prefeito foi uma melhor interpretação de algumas atividades econômicas, dentro do decreto, até o dia 22 de abril", afirma o presidente da Acirp. O documento também foi entregue ao governo estadual.
Pela manhã, Edinho foi alvo de protestos. Uma carreata com buzinaço pedia a abertura do comércio e criticava tanto o prefeito quanto o governador João Doria (PSDB) pelas medidas de isolamento social adotadas para combater o coronavírus. A Polícia Militar e a Guarda Municipal acompanharam o protesto.
O comércio varejista em geral está fechado em Rio Preto desde o dia 24 de março. A regra no município segue o decreto do governo estadual, que mantém serviços considerados não essenciais fechado até o dia 22 de abril. No entanto, o decreto da Prefeitura tem algumas mudanças em relação às normas do Estado, que já são alvo de ações na Justiça.
Há questionamentos, por exemplo, sobre funcionamento de lojas de materiais de construção. A atividade é liberada pelo governo estadual, mas no município é proibido o atendimento presencial. Neste fim de semana, fiscais da Prefeitura notificaram uma loja dessa atividade que estava aberta, com atendimento ao público. Na Justiça, a associação que representa a categoria pede a liberação geral desse tipo de comércio.
Por meio de sua assessoria, Edinho afirmou que não iria comentar o protesto realizado pela manhã. Sobre o pedido da Acirp, Edinho afirmou que o documento será analisado.