Após reunião online, prefeitos da região sinalizam que existe espaço para colocar em prática plano de retomada da economia após 31 de maio, quando termina período de quarentena em São Paulo
Prefeitos da região de Rio Preto, deputado Geninho e diretora da DRS-15, Sílvia Storti, participaram de reunião (Foto: Rodrigo Lima)
O prefeito de Rio Preto, Edinho Araújo (MDB) com aval de prefeitos da região prepara documento que será apresentado ao governador João Doria (PSDB) na segunda-feira, 18, com proposta de flexibilização de setores da economia. Na lista estão serviços de academia, revenda de veículos, shoppings, restaurantes entre outros fechados devido à pandemia do coronavírus. Essa retomada, no entanto, só ocorreria após o dia 31, quando termina o período de quarentena definido pelo tucano.
Representantes da Associação dos Municípios da Araraquarense (AMA) afirmam que há espaço para a liberação do funcionamento de algumas atividades diante da estrutura de leitos clínicos e de UTIs supervisionados pela Direção Regional de Saúde (DRS-15). Edinho afirmou que até o final do mês, no entanto, os pré-requisitos que antecedem a colocação em prática do chamado dia "D", devem ser atendidos ao menos em parte. O governo do Estado exige que os municípios tenham média de isolamento social de 55%, queda no número de casos por 14 dias consecutivos, além da ocupação dos leitos de UTI inferior a 60%.
Participaram do encontro do Edinho os prefeitos Flávio Prandi (Jales), Marta Maria Lopes (Catanduva), André Pessuto (Fernandópolis), André Vieira (Mirassol), Fernando Cunha (Olímpia), Ademir Maschio (Santa Fé do Sul) e João Dado (Votuporanga). O grupo de posicionou a favor da flexibilização. "Também quero a flexibilização", disse Edinho ao enfatizar que é necessário atender ou se aproximar das regras estabelecidas pelo governo do Estado para colocar em prática o plano regional de abertura da economia. Ele afirma ser necessário aumento o isolamento social em Rio Preto que estagnou nos 39% nos últimos dias. "Cada um tem de fazer a sua parte", disse.
O deputado federal Geninho Zuliani (DEM) também participou e engrossou a posição defendida pelos prefeitos. Eles reclamaram, principalmente, da pressão feita por comerciais e empresários que cobram a reabertura de serviços — com medidas de seguranças, como uso de máscara, álcool em gel e distanciamento social —, que não estão na lista de serviços tidos essenciais.
Edinho delegou ao secretário de Desenvolvimento Econômico, Jorge Luís de Souza, a elaboração do documento que será apresentado ao governador. Souza representa a Associação Comercial e Empresarial de Rio Preto (Acirp), que também quer a flexibilização.
"O que estamos vendo é o presidente tomando decisão, o governo (estadual) tomando outra e quem paga o pato são os municípios. São os prefeitos que estão na linha de frente e recebem pressão dos comerciantes", afirmou o presidente da AMA, Flávio Prandi, prefeito de Jales.
A prefeita de Catanduva, Marta do Espírito Santo Lopes, disse que os diferentes discursos adotados pelos governos federal e estadual geram "insegurança" para tomada de decisão. "O melhor caminho é a união e fazermos a flexibilização da região. para termos conforto econômico e na Saúde."
Para o prefeito de Fernandópolis, André Pessuto (DEM), disse que é hora de "partir para o enfrentamento" contra a Covid-19. Ele disse que 90% da população aderiu ao uso da máscara.
O prefeito de Votuporanga, João Dado (SD), deu como sugestão aumentar os índices de isolamento, o monitoramento de idosos e o uso de medicamentos.
*Diário da Região