Objetivo dos alunos da Etec de Fernandópolis é diminuir o tempo de distribuição do produto para aumentar as chances de sobrevivência das pessoas picadas por animais venenosos
Os alunos propuseram usar um drone para entregar o soro antiveneno de forma mais rápida e eficiente (Foto: Divulgação)
Alunos da Etec (Escola Técnica do Estado) de Fernandópolis criaram um projeto que pode contribuir para a diminuição das mortes provocadas por picadas de animais venenosos.
Sob orientação de Gustavo Tadeu e coorientação de Fernando Corsini Landim, os estudantes Ana Julia Casale de Andrade, Augusto Eredia Aiello Gazola e Eloy Businaro Maschio propuseram usar um drone para entregar o soro antiveneno de forma mais rápida e eficiente.
Como o tempo é determinante para o salvamento de um paciente, é preciso fazer o soro, disponibilizado em hospitais de referência, chegar às UBSs (Unidade Básica de Saúde) para que a aplicação nas pessoas seja feita da forma mais rápida possível.
Pensando nisso, os alunos concluíram que o transporte ideal seria por drone, equipamento ágil, que não enfrenta os mesmos obstáculos do transporte terrestre e com custo menor que qualquer outro veículo aéreo.
O trabalho dos alunos foi selecionado para a 20ª Febrace (Feira Brasileira de Ciência e Tecnologia), responsável por reunir jovens pesquisadores.
Equipando o drone
A equipe usou uma impressora 3D para fazer uma caixa transportadora e desenhou uma rosca para encaixá-la no drone. Porém, é necessário que a temperatura de armazenamento do drone seja entre 2 e 8°C.
Para isso, os alunos usaram duas bolsas de gelo em gel, um produto de baixo custo que é encontrado em qualquer farmácia. Acondicionadas em uma caixa de isopor, elas mantêm o soro na temperatura ideal durante 32 minutos.
Como o drone tem autonomia de até 20 minutos, o resfriamento que o isopor e o gelo em gel oferecem é suficiente. Na caixa transportadora, um circuito verifica a temperatura interna e indica, com uma luz verde e outra vermelha, se o soro está íntegro para o uso.
A equipe continua estudando uma maneira de acrescentar uma segunda bateria, o que aumentaria a autonomia do drone, e também uma forma de otimizar os custos.
*Com informações do
site g1