Não queremos deixar para depois: tem que ser agora! Desejamos ter o máximo da alegria neste presente momento. Se for ficar para depois, não aceitamos! O que mais ansiamos é ser feliz!
Nosso coração deseja ser feliz. Particularmente, acredito que toda busca do ser humano tem como grande motivação a sede genuína de alegria, afinal, a tristeza só nos deixa para baixo, com a cara fechada e com síndrome de “ninguém me ama, ninguém me quer!”.
E como tem gente fazendo desta busca natural algo meio surreal, dando tudo de si para ser feliz e alegre. Há pessoas dando cinco reais para conseguir uma “curtição” de alguns minutos.
Quantos não estão passando a noite na balada tentando encontrar a esperada “alegria” em encontros furtivos, vazios e sem significado . E a pergunta que bate no íntimo dos corações: afinal, onde se encontra esta alegria? Quando poderemos alcançar a clássica afirmação: ... e viveu feliz para sempre.
Será que é só em contos de fadas que encontramos essas máximas? Será que fomos iludidos desde pequenos e “finais felizes” não condizem com a realidade?
Nossa vida, certamente, não é contos de fadas. No entanto, acredito que a vida é uma oportunidade rica e única de sermos felizes! É também uma grande aventura de altos e baixos, mas temos o dever sincero e sublime de fazer com que ela valha a pena!
O Papa Bento XVI enviou aos jovens do mundo inteiro uma mensagem onde ele dá o segredo da verdadeira, duradoura e genuína alegria:
“A inspiração à alegria está impressa no íntimo do ser humano. Além da satisfação imediata e passageira, o nosso coração busca a alegria profunda, plena e duradoura, que pode dar ‘sabor’ à existência. E aquilo que vale, sobretudo, para vocês, para a juventude, é um período de continua descoberta da vida, do mundo, dos outros e de si mesmos”, ensina Bento XVI.
Na realidade as alegrias autênticas, aquelas pequenas do dia a dia ou aquelas grandes da vida, encontram toda sua origem em Deus. Eleé a verdadeira fonte.
Não raro ouço pessoas me dizerem que o Cristianismo é a religião do “não pode”, do “sofrimento”, e por aí vai. Não é assim. Quando Cristo morre por cada um de nós, é uma alegria que Ele nos promete. Alegria sem fim. Não é à toa que neste ano, por onde tem andado a Cruz e o Ícone de Nossa Senhora (símbolos da Jornada Mundial da Juventude), tem acontecido uma revolução espiritual. Multidões de jovens que dizem “no peito eu levo uma cruz” e assumem que são verdadeiramente felizes. Estes símbolos têm visitado cadeias, hospitais, ‘cracolândias’ e têm dado esperança àqueles que já tinham esquecido o que esta palavra significa. Uma alegria que vai além do que se vê ou se tem, mas a alegria de existir, de ser aceito e amado.
O Papa também ensina que “Deus quer fazer-nos participantes de sua alegria, divina e eterna, fazendo-nos descobrir que o valor e o sentido profundo da nossa vida está no ser aceito, acolhido e amado por Ele,e não na acolhida frágil como pode ser aquela humana, mas no acolhimento incondicional como é aquele divino: eu sou querido, tenho um lugar no mundo e na história, sou amado pessoalmente por Deus.E se Deus me aceita, me ama, eu me torno seguro, sei de modo claro e certo que é bom que eu seja, que eu exista”.
Ser feliz verdadeiramente vale muito a pena e aquilo que custa caro é porque muito vale. Vamos ser feliz de verdade? Para nossa alegria, Cristo morreu e ressuscitou por amor!
*Adriano Gonçalvesé missionário da comunidade Canção Nova