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Artigo
Somos nós os animais ou são eles humanos?
*Professor Manuel Ruiz Filho/ manuel-ruiz@uol.com.br
Nesta semana ficou estampada neste jornal uma matéria bastante interessante quanto a maus tratos com animais. Assim que li acabei por refletir e imaginei quanto são humanos os animais e quanto são animais os humanos. Quando vejo uma atitude repugnante dessa natureza acabo por fazer analogias com o tratamento que recebem os humanos deles próprios. Ainda ontem observei numa reportagem televisiva, um cidadão brasileiro, frente a um hospital, rolando no chão e pedindo socorro pedindo pelo amor de Deus. O hospital não atendeua sua imploração e ele veio a falecer,passando para o outro lado da vida. É um absurdo que nos tempos de hoje isso ainda aconteça. Será que outro competente Magistrado irá se preocupar com a indenização da família? Eu tenho minhas dúvidas, não fossem tantos outros exemplos dessa natureza que ficou no esquecimento. E olha que não é muito difícil fazer a continha da indenização. O IBGE publicou que a média de vida do brasileiro é de 74 anos e 4 meses, daí é só fazer as contas. Quantos anos poderia ter esse cidadão? Quarenta e oito anos; cinquenta anos? Pois bem, admitindo que ele tivesse cinquenta anos até que completasse a média a de vida do brasileiro tem exatamente 298 meses. Caso ele estivesse ganhando 2 salários mínimos por mês é só multiplicar. O salário mínimo de hoje é de R$ 724,00, portanto esse valor multiplicado pelo tempo de vida do cidadão que seria de mais 298 mesesatingiria a cifra de R$ 431.504,00. Ah... O causador não tem como pagar à vista? Pague mensalmente à família, mas pague. E tem mais, uma cadeia de obrigação seria necessário realizar. Isto quer dizer que se o responsável direto pelo crime viesse a morrer, outro da família seria obrigado a continuar pagando. Eu acho isso uma ideia bastante válida. Se você não acha também, pergunte à família de quem perdeu a pessoa que obterá a resposta que precisa. Diz ainda a matéria jornalística que no dia 20 seria realizada na Concha Acústica ‘a Marcha de Defesa Animal’ Nada mais coerente levantar esse tipo de movimento. Ainda bem que tem gente preocupada com os indefesos. Adiante, a matéria continua: “o evento vai cobrar aumento da pena a quem maltrata, hospital público veterinário, vacinas, socorro para animais abandonados e atropelados...” Na mais justo que a entidade cuidadora dos animais seja atendida nos seus anseios. Animais têm vida e precisam ser respeitadas. Agora, como ficam as pessoas que não têm hospitais para se tratarem; que são amontoada em corredores sem a mínima atenção e cuidado. Morrem sem poder ser atendidas. Como ficam essas famílias quando perdem seus arrimos? Como ficam as crianças órfãos de pai e mãe? Resta-nos orar para que esses políticos que nos pedem votos hoje sejam responsáveis por essa calamidade que o brasileiro enfrenta. Dinheiro para construção de estádios foi fácil arranjar. Nosso governo, com dinheiro nosso, contribuiu com 98% dos custos. Já imaginou se eles tivessem construído 12 hospitais que pudessem atender a mesma quantidade de pacientes como os estádios são capazes de acomodar torcedores? Com certeza, chegaríamos mais perto de uma justiça tão sonhada pelos brasileiros e cada vez mais longe de uma realidade. Outra notícia que li, não no mesmo jornal, em outro, achei interessante. O tema é alusivo ao dinheiro que se gasta desnecessariamente pelos poderes. O texto dizia o seguinte: “Quando compro algo com meu dinheiro para meu consumo, quero de baixo valor, mas de ótima qualidade.Quando compro algo com meu dinheiro para outra pessoa, também quero de menor valor, a qualidade não me importa. Quando compro algo com o dinheiro dos outros para mim eu observo muito a qualidade, o valor pouco me importa. Quando compro alguma coisa para os outros com o dinheiro dos outros, não quero saber de qualidade e muito menos de valor. Eis porque o governo é um mau gestor do nosso dinheiro”.
Notícia publicada no site: www.acidadevotuporanga.com.br
Endereço da notícia: www.acidadevotuporanga.com.br/artigo/2014/07/somos-nos-os-animais-ou-sao-eles-humanos-n20978
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