*Jociene Ferreira é jornalista, doutora em Educação e professora do curso de Comunicação Social com habilitação em Jornalismo da UEMG (Universidade do Estado de Minas Gerais) e leciona nos cursos de Análise de Desenvolvimento de Sistemas e Engenharia Civil no IFSP, campus de Votuporanga.
Quando a proposta de planejamento gráfico é direcionada para as produções jornalísticas na web, por conta do meio de comunicação, a linguagem gráfica e seus princípios sofrem modificações.
Ao pensar o projeto para um produto jornalístico para web, o designer deve ter em mente que ele também é responsável em desenvolver a navegação pelo site. Para Luiz Agner, no livro Ergodesign e arquitetura da informação, fala de três sistemas de navegação:
a)- Sistema de navegação global: serve como uma orientação para as páginas gerais, no caso do produto jornalístico, pode ser a barra com as principais editorias de um jornal, com temáticas como política, cotidiano, esporte e cultura, por exemplo.
b) – sistema de navegação local: são as subcategorias ou subseções de uma editoria. Por exemplo, ao clicar numa categoria como política, surge para o leitor/navegador um novo menu que o direciona para eleições 2014, ou política nacional, ou política internacional, ou opinião.
c) – Sistema de navegação contextual: implica em colocar palavras ou expressões, dentro de frases ou parágrafos, como links de hipertextos. Servem para, dentro das matérias, por exemplo, remeter o leitor à biografia de algum personagem público, trazer referências sobre um acontecimento, mostrando as primeiras matérias sobre o tema abordado.
Essas ideias expressam uma hierarquização, como diz Luptton e Philips, a hierarquia é marcada por uma abordagem que empregam marcas claras de separação para sinalizar a mudança de um nível a outro.
Pollyana Ferrari, observa por outra perspectivia a navegação. Do ponto de vista do leitor/navegador, é ele quem decide por onde começar a leitura. Essa atitude, força o designer a quebrar as materiais extensas, com grandes blocos de textos, juntando a eles elementos multimídias, como entrevistas em áudio ou em áudio visual, ou uso de animações, por exemplo .
Esse fenômeno de leitura, influencia diretamente o modo de contar as historias, como demonstra Luciana MOHERDAUI, ao afirmar que a construção da noticia na rede pode começar com apenas uma linha de informação (obviamente, devidamente checada), que é acrescentada ao longo do dia até se formar um texto consolidado. Esse tipo de narrativa é comum em acontecimentos trágicos, apurações eleitorais, ou aprovação de leis.
Embora o designer trabalhe em impressos com a escala CMYK, ou seja, uma sigla para Cyan, Magenta, Yellow e Black (Ciano, Magenta, Amarelo e Preto). O CMYK é um sistema de cores subtrativo já que você parte do branco e vai retirando luminosidade até chegar na cor desejada. A impressão em CMYK é a partir de pontos coloridos chamados retículas.
Para os produtos jornalísticos desenvolvidos para a internet as cores são baseadas no sistema RGB (Red, Green e Blue – ou Vermelho, Verde e Azul) é um sistema de cores aditivo projetado para ser utilizado em dispositivos eletrônicos.
Bergstrom recomenda que nos sites, os textos não devem ser organizados em muitas colunas. Afinal, se os textos e colunas forem grandes demais, obrigarão o leitor/navegador a rolar o texto para baixo.
Para que seja articulado com simplicidade, o autor recomenda que seja usado as características do hipertexto.